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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Juiz que responde a processos é promovido a desembargador no ES

Ele responde por ameaçar uma secretária e xingar colegas do Judiciário.
Advogado acredita que o magistrado será absolvido nos dois.

Do G1 ES

Ao contrário do que foi publicado pelo G1, com base em informações do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, o juiz Roberto da Fonseca Araújo não está afastado das funções.


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) promova o juiz Roberto da Fonseca Araújo ao cargo de desembargador. Em dezembro do ano passado, o TJ-ES negou o pedido de promoção alegando que o juiz tinha sérios problemas pessoais, mas o magistrado recorreu ao CNJ. O juiz também responde a dois processos administrativos. Ele é acusado de ameaçar a secretária de um médico e xingar colegas do próprio Judiciário. Os processos ainda estão em tramitação no Judiciário capixaba.

Em sessão realizada nesta terça-feira (30), em Brasília, o CNJ julgou procedente, por unanimidade, o pedido do juiz e declarou nula a decisão do TJ-ES. O CNJ "determinou que o Tribunal de Justiça, independente da publicação do acordão, providencie a posse imediata do juiz ao cargo de desembargador". A promoção foi concedida com base no critério de antiguidade.

O presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, desembargador Manoel Alves Rabelo, informou que vai cumprir a decisão do CNJ. A intenção dele é empossar o juiz durante a sessão do Tribunal Pleno, na quinta-feira, em Vitória.

O advogado Luciano Olímpio, que defende o juiz Roberto Araújo, acredita que o magistrado será absolvido nos dois processos administrativos. "A denúncia de ameaça chegou por uma carta anônima. A secretária foi ouvida e disse que não se sentiu ameçada, e em nenhum momento foi exibida arma de fogo", contou o advogado.

O advogado explicou também que espera um julgamento técnico, e não político, do processo no qual o juiz é acusado de xingar colegar. Segundo o advogado, "foi uma desavença decorrente da tentativa de se defender". "Ele queria ter acesso ao documento que o acusava de ameaça e se rebelou por entender que estava com seus direitos violados. O fato de ser juiz não retira dele a condição de ser humano, alguém que tem sentimento, reações", argumentou o advogado.

Fonte:http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia

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