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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Governo rebate IBGE: 'números não refletem segurança

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado rebateu em coletiva à imprensa paraense na tarde desta quinta-feira (29), os números de uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2009) em relação ao tema 'Vitimização e Justiça' no Pará. A pesquisa revelou que 63% dos paraenses não se sentem seguros em sua cidade; quase 50% se dizem inseguros no seu bairro e 35% não sentem segurança em sua própria casa. Para a Segup, os números não correspondem a atual realidade dos delitos registrados no Estado, pois a pesquisa foi realizada no ano de 2009.

'É importante frisar que essa pesquisa foi realizada no ano de 2009 e não reflete a atual condição do Estado. Desde que o novo governo assumiu, a Segup tem trabalhado na questão da prevenção à violência e a criminalidade com a adoção de políticas públicas contra a criminalidade. Exemplo disso foi a instalação da IUPP (Unidade Integrada ProPaz ), no bairro da Terra Firme. Conseguimos reduzir os números de violência', explica Luís Fernandes, Secretário de Segurança do Estado. Ainda segundo Fernandes, recentemente o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgou em pesquisa que o Pará foi o estado que mais diminuiu o número de casos de homicídio. 'Atualmente temos 40 homicídios por 100 mil habitantes', disse


Para Adelina Nascimento, presidente do Idesp (Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará), os dados da pesquisa são ultrapassados e não podem ser utilizados como base para os atuais números.

'Nós temos uma realidade no Estado que precisa ser avaliada e isso só poder ser feito por meio de outra pesquisa de vitimização. Não podem comparar esse estudo de 2009 com outros dados que temos, a não ser os da Segup, mas o Idesp está trabalhando nesses indicativos. Na realidade atual não posso afirmar se o índice de insegurança no Pará poderia ser melhor ou pior', explica.

De acordo com Roberto Sena, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), se comparados os números de delitos entre 2009 e 2010 revelados na pesquisa, pode-se dizer que houve um crescimento no número de roubo, furtos, latrocínios e homicídios, entre outros. Já em relação aos números de 2010 e 2011 a realidade muda, há uma diminuição no número desses casos, segundo o pesquisador.

O tráfico de drogas ainda é o crime mais cometido no Estado. Só em Belém entre 2010 e 2011 houve um crescimento de 49,73%. Na Região Metropolitana de Belém, o crescimento foi de 55,87% e no Estado, foi de 51,39%. 'Estamos instalando um procedimento eletrônico no Estado, onde os órgãos poderão acompanhar um caso desde sua ocorrência até a sentença, isso deve agilizar a contabilidade dos casos', explica Fernandes.

Ainda segundo o secretário, apesar da redução no número de delitos registrados no Pará, o índice de insegurança da população nunca vai passar. 'A criminalidade é alta no país, não estou querendo dizer aqui que vamos acabar com a violência no Estado, mas estamos nos empenhando para tentar diminuir os índices', finaliza.

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