No fim do
ano passado, parlamentares dos estados produtores de petróleo acionaram o
Supremo depois que o Congresso decidiu apreciar, em regime de urgência,
os vetos da presidenta Dilma Rousseff à nova Lei dos Royalties do
petróleo. Os vetos contrariavam interesses majoritários no Parlamento,
mantendo as regras atuais de distribuição para os estados produtores.
Em
ofício encaminhado ao STF no dia 14 de fevereiro, a Advocacia-Geral da
União (AGU) informou que a solução encontrada pelo ministro iria causar
um “colapso institucional” no Legislativo. Segundo a AGU, caso a decisão
seja mantida, haverá prejuízo estimado de R$ 470 bilhões aos cofres
públicos, além de trancamento da pauta do Congresso pelos próximos três
anos.
A União pede que o STF reconsidere a decisão de Fux,
colocando a ordem cronológica apenas para os vetos que ainda estão
dentro do prazo de validade, ou seja, que foram editados nos últimos 30
dias. O STF terá que decidir se isso é possível, além de averiguar se a
data de referência é a de entrada do mandado de segurança (dezembro do
ano passado) ou de apreciação do assunto pelo plenário.
Em
movimento oposto à AGU, parlamentares dos estados produtores e da
oposição também procuraram ministros do Supremo e entregaram memoriais
para defender a liminar de Fux. Os parlamentares argumentam que o
Congresso Nacional não pode votar apenas o que tem interesse,
contrariando a legislação em vigor e passando por cima do interesse de
minorias.
Fonte: http://www.jb.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário