O policial militar Leandro Prates quase deixou o ouro escapar nos últimos metros, mas comemorou o primeiro lugar na final dos 1.500 m nesta quarta-feira, pelo Pan de Guadalajara. A vibração, contudo, precisou esperar. Ele só recebeu a confirmação do primeiro lugar pelo “photo finish”. “Podem recorrer, só sei que fiz a minha parte da melhor forma possível. Queria muito levar uma medalha para o Brasil. Estou muito feliz.”
Leandro não terá muito tempo para festejar. Na próxima segunda-feira, o soldado já se apresenta ao quartel para trabalhar na guarda. O afastamento para competir no Pan de Guadalajara termina nesta semana.
“Tenho que agradecer meus companheiros de polícia, pois enquanto estive treinando nos últimos dias, eles estavam lá trabalhando”, emendou o brasileiro, que também já foi metalúrgico e dentro da polícia ficou um ano e meio atendendo chamadas de emergência no 190.
A função de PM o ajudou no atletismo. Exceção feita à dificuldade de conciliar as duas atividades, o fato de a polícia exigir um bom físico no ingresso de novos funcionários contribuiu.
“O policial precisa estar bem fisicamente para poder atender uma ocorrência e servir a população, então existe uma relação muito grande. Hoje é difícil conciliar as duas coisas, mas eu consigo. Agora sonho em baixar meu índice para tentar a vaga olímpica”, projetou ele, buscando tirar de três a quatro segundos de sua atual marca.
Nesta quarta, Leandro por pouco não repetiu um erro antigo: olhar demais para os rivais e perder a prova. O equatoriano Byron Piedra foi apenas um centésimo mais lento.
“Antes eu ficava muito preocupado em olhar para trás e acabava perdendo, mas hoje me concentrei em não fazer isso. Quando fui olhar para ver os rivais, já estava em cima da linha”, explicou.
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