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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Deputados manifestam solidariedade a Marco Maia; PPS quer investigar Depol


Parlamentares apoiaram em Plenário o presidente da Câmara, Marco Maia, contra a revista Veja, nesta segunda-feira. Porém, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), disse que o partido não vai abrir mão da investigação, pela Corregedoria, das denúncias contra a atuação da Polícia Legislativa. Maia negou qualquer ingerência sobre o trabalho do órgão. Veja nota divulgada pela Presidência da Câmara.

A revista publicou que o presidente teria autorizado o uso da Polícia Legislativa para intimidar três pessoas que testemunharam contra o deputado Policarpo (PT-DF) em um processo na Justiça Eleitoral. Os três disseram que o parlamentar os teria contratado para arregimentar eleitores no dia do pleito e que também teria prometido cargos se eleito. Policarpo denunciou os três por chantagem à polícia da Câmara.

O vice-líder do governo José Guimarães (PT-CE) leu uma moção de solidariedade a Marco Maia assinada pelas lideranças do PSOL, PV, PT, PSDB, PSD, DEM, PRB, PMDB, PSC, PR, PP, PSB, PTB e PDT. “A nota é clara e reconhece o papel que Marco Maia desempenha, a correção com que tem presidido a Casa e com que conduz as votações”, defendeu Guimarães.

Investigação interna
Apenas o PPS não assinou a nota, já que o partido entrou com uma representação na Corregedoria pedindo a investigação do episódio. “Não podemos aceitar que uma denúncia dessa gravidade não seja investigada. Eu poderia ir à Procuradoria-Geral da República, mas não fui, porque há mecanismos internos de investigação. A bancada do PPS está pedindo apuração deste fato e é por isso que não vamos abrir mão dessa apuração aqui ou fora daqui”, disse o líder Rubens Bueno.

Para deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), a apuração pela Corregedoria vai permitir que a Câmara tome uma atitude contra a Veja. “O partido representou para ver a veracidade do que aconteceu. Se, ao final, concluir que é tudo um absurdo, teremos instrumentos para tomar as medidas legais contra a revista”, disse.

Marco Maia reafirmou não ter qualquer ingerência sobre a Polícia Legislativa e disse que só tomou conhecimento das investigações por meio da revista. “É uma matéria desprovida de veracidade. Eu não tenho tempo, não acompanho e não tenho nenhuma intenção de intervir no trabalho da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, que tem o poder de encaminhar inquérito, produzir informações e o faz com transparência e de acordo com a lei”, disse.

Críticas à Veja

A maioria dos parlamentares usou a palavra contra a Veja. “A revista se equivoca ao estabelecer qualquer relação da Presidência da Câmara com os fatos”, disse Pepe Vargas (PT-RS). Pauderney Avelino (DEM-AM) disse que o comportamento de Marco Maia permanece “irretocável” diante do episódio e disse que o presidente tem o “voto de confiança” da bancada.

Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Amauri Teixeira (PT-BA) ressaltaram que o Parlamento está funcionando em plena segunda-feira, na semana do feriado, a despeito do que tem publicado a grande imprensa.

O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), declarou que ficou claro que o presidente da Câmara não teve conhecimento da atuação da polícia legislativa. Já o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), manifestou apoio ao presidente, mas defendeu a apuração. “Vamos buscar a verdade porque ela liberta e estabelece a realidade dos fatos”, defendeu.


Fonte:http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias

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