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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Morte de delegado e juiz estava encomendada

No fim de semana, uma equipe de policiais da Polícia Civil de Altamira e Anapu realizou uma operação e colocou atrás das grades três homens acusados de participarem de assalto a um micro-ônibus na região, na semana passada. Marcolino Aurélio, o “Marquinho”, Rodrigo Ferreira de Lima e Wanderson de Oliveira foram presos no travessão próximo a uma comunidade rural do município, conhecida como Nazaré, a 40 km da sede do município de Anapu.

Após a prisão dos três, a policia fez a acareação dos acusados ainda na delegacia de Anapu, e as vítimas os reconheceram como sendo os autores do assalto. As vítimas também reconheceram uma das armas utilizadas por eles no momento do crime. Mesmo tendo sido reconhecidos, eles negaram qualquer envolvimento.

Além da acusação de assalto, Marcolino responde à acusação de ter sido contratado por familiares de um traficante para executar o delegado Melquisedeque Ribeiro, que atua na Polícia Civil de Anapu. O delegado já está no município há dez meses e têm desenvolvido um excelente trabalho no combate ao tráfico de drogas e demais crimes. De acordo com informações de fontes da própria polícia, a cabeça do delegado estaria a prêmio por R$ 80 mil, que seriam recebidos pelo pistoleiro. Além do delegado, Marcolino ia matar o juiz José Jonas, que responde pelas comarcas de Pacajá e Anapu.

O assaltante confessou ser o dono das armas encontradas com o bando, mas negou ter recebido a oferta para matar o delegado e o juiz. Em relação às armas, o acusado disse que estava com elas para sua defesa própria, porque vinha sofrendo ameaças de pessoas da região.

O delegado Melquisedeque falou que as ameaças começaram a surgir depois da prisão do traficante Donizete, ocorrida no mês passado na região, e que, durante a operação, um quarto envolvido no assalto foi baleado após reagir à prisão, e mesmo ferido conseguiu fugir. “Nós estamos de olho nestes criminosos. É um bando que vem assustando a população da cidade e quem passa pela estrada. Só vamos ficar tranquilos quando colocarmos todos na cadeia”, disse o delegado.

De acordo com a polícia, no momento das prisões, todos já tinham conhecimento da encomenda e do valor oferecido para matar as autoridades. A polícia confirma que, além de Marcolino, outros dois receberam a proposta para a execução, mas fugiram. As investigações para prender outros envolvidos no assalto e na possível pistolagem continuam.

Os acusados estão presos na delegacia de Altamira e deverão ser transferidos ainda nesta terça-feira para o presídio local. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a dez anos de prisão em regime fechado por porte ilegal de armas. Quanto ao crime de encomenda de homicídio, a pena pode chegar a 20 anos.

Fonte:http://www.diarioonline.com.br/noticia

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