Na sexta, cinco pessoas morreram e nove ficaram feridas na Zona Norte.
Desde setembro, três PMs foram alvos de tentativa de homicídio.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Ribeirão Preto (SP) vai exigir das polícias civil e militar que atue de forma significativa e transparente nas investigações dos atentados ocorridos na cidade na sexta-feira (19). Em um intervalo de sete horas, 14 pessoas foram baleadas – cinco morreram, entre elas dois adolescentes – em seis bairros da Zona Norte. Segundo o diretor da OAB de Ribeirão, Daniel Rondi, a guerra está declarada.
Ainda na sexta-feira, uma base da Polícia Militar no bairro Quintino Facci II foi alvo de tiros disparados por dois homens em uma moto. Seis policiais que estavam na frente do prédio revidaram ao ataque. Ninguém ficou ferido e os suspeitos conseguiram fugir. À tarde, no mesmo bairro, três pessoas morreram baleadas.
Só na semana passada, três pessoas morreram em ações policiais em Ribeirão Preto, segundo informações da Polícia Civil.
OAB
O diretor da OAB de Ribeirão Preto afirmou no sábado (20) que foi feito um pedido para que as cápsulas e a munição recolhidas após os crimes de sexta-feira sejam submetidas à análise da perícia para ajudar a identificar os autores dos atentados.
Para Rondi, o clima na cidade, assim como no Estado é de guerra. “Quando a sociedade verifica que no seu dia a dia estão morrendo policiais e morrendo bandidos, ao invés de serem presos, julgados e condenados, existe uma guerra declarada. Neste aspecto, quem perde é o estado democrático, é a sociedade”, disse o diretor se referindo também aos ataques sofridos por policiais militares em São Paulo.
Em Ribeirão Preto, desde setembro, três PMs foram alvos de atentados. O caso mais recente aconteceu na quarta-feira (17), quando um sargento, de 49 anos, sofreu uma tentativa de homicídio ao entrar em uma empresa de reciclagem no bairro Campos Elíseos. Os tiros efetuados por dois homens em uma moto não atingiram a vítima. Ninguém foi preso.
Crítica
Na tarde de sábado em visita a Ribeirão Preto, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que os criminosos não terão trégua. “O crime organizado não vai intimidar o Estado. A ordem é a polícia ir para a rua, prender os criminosos”, afirmou.
Segundo Rondi, o interessante é criar mecanismos para que os ataques cheguem ao fim. “Não precisa o governador do Estado vir e dizer que há uma guerra. A guerra está instalada. Nós precisamos de responsabilidade dos nossos governantes para que aconteça um cessar fogo”, critica.
Ainda de acordo com Alckmin, um destacamento de mais mil policiais militares e 200 delegados da Polícia Civil reforçarão a segurança em diferentes cidades paulistas até novembro. (G1).
Fonte: http://www.uniblogbr.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário