Sete minutos e 25 segundos é o tempo que as delegações e autoridades presentes para os jogos da Copa do Mundo de 2014, em Curitiba, levarão para se deslocar de um hotel de luxo do centro da cidade até a Arena da Baixada, estádio que receberá o mundial. O trecho de aproximadamente 3 km terá batedores da Diretran e escolta do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope).
O tempo foi cronometrado pela reportagem durante uma demonstração realizada pela Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (13). O objetivo, segundo a nota oficial, era treinar a segurança em eventos públicos de grande porte, como a Copa do Mundo e a Copa das Confederações. O texto diz que os policiais estão prontos para as ocorrências críticas.
Caso Curitiba seja sede da Copa das Confederações, faltam dois anos para o início da competição. O comandante do Bope, Nerino Mariano de Brito, diz que "não se prepara uma tropa antiterrorista em semanas ou meses". Um soldado do Bope, ao apontar para motos em alta velocidade, orgulha-se: "Não começamos ontem".
Sob os olhares curiosos de pedestres e motoristas, e rodeado por viaturas do Bope e dois helicópteros, o comboio não para nenhuma vez até chegar ao estádio. "A orientação é para que não pare nunca, para que as pessoas, paradas, não virem um alvo fácil", afirma o tenente do Bope Marcos Peres.
Na entrada do estádio, mais simulação. Um pequeno explosivo é escondido em uma das rodas de um ônibus. É então localizado pelo cão farejador (que também anda fardado), retirado e detonado em segurança pela equipe do Esquadrão Antibombas. A roupa utilizada pelo perito treinado na Argentina pesa 35 kg e protege contra estilhaços e calor, além de amortecer a queda em caso de explosão.
Outra simulação foi feita em um dos camarotes do estádio. Um negociador da polícia tenta liberar quatro reféns que estão sob custódia de dois sequestradores armados.
A parte técnica da ação, que é a conversa, tem sucesso parcial quando um dos sequestradores se entrega e libera duas reféns. No entanto, o outro sequestrador passa a ameaçar os reféns e a equipe tática entra em ação. Um atirador de elite (sniper) efetua um "tiro de comprometimento" com um fuzil de calibre 7,62, a 106 metros de distância, matando um dos sequestradores.
Teve ainda um resgate de feridos, após um "confronto". Um helicóptero pousa no gramado, uma equipe mata um atirador descontrolado, e salva os feridos. Os casos mais graves são levados para um hospital, enquanto os mais simples são encaminhados para ambulâncias. A orientação é para que no máximo uma hora após o incidente todos os feridos estejam em hospitais.
Fonte:http://g1.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário