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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Polícia põe fim ao reinado de 'Nego Bala'

Um dos bandidos mais procurados pelas polícias Civil e Militar está morto. Adenirson Paiva Santos, de 19 anos, conhecido como “Nego Bala”, foi baleado mortalmente na tarde do último sábado, após trocar tiros às margens da Ilha das Onças, no município de Barcarena, com uma equipe do 20º Batalhão de Polícia Militar, sob o comando do major Rosinaldo Conceição.

“Nego Bala” era acusado de ter matado o cabo do Polícia Militar Jairo Correa Rodrigues durante uma perseguição policial no bairro do Jurunas e, desde então, passou a ser procurado diuturnamente com base em informações do setor de Inteligência da Polícia Militar.

O bandido estava escondido em um casebre pertencente a um parente e foi denunciado através do Disk-Denúncia - 181. Além disso, a polícia tinha outras pistas que não foram reveladas. O DIÁRIO vinha acompanhando os passos de “Nego Bala” desde o dia do crime e, pelas informações, logo após balear o cabo Jairo Correa e fugir com a pistola do policial, ele peregrinou pela Cidade Nova, em Ananindeua, Igarapé-Miri e, finalmente, Ilhas das Onças, onde se comunicava com a namorada, que o ajudava na logística de fuga.

Segundo as informações prestadas pelo major Rosinaldo Conceição, na Seccional Urbana da Cremação, onde foi lavrado o auto de resistência à prisão do acusado, perante a delegada Maria Amélia, a PM recebeu a informação de seu esconderijo e, em uma “rabeta”, os policiais, disfarçados de ribeirinhos, chegaram ao casebre na Ilha das Onças.

Quando a pequena embarcação se preparava para atracar no local, “Nego Bala”, que portava na cintura, acintosamente, a pistola ponto 40, roubada do cabo Jairo Correa, veio receber os “visitantes”. Quando percebeu que eram policiais disfarçados, empunhou a pistola disparando contra a guarnição.

Em defesa da própria vida e de terceiros, a equipe atingiu o bandido, que chegou a procurar abrigo em um matagal. Ele foi cercado e, ao resistir à voz de prisão, foi atingido três vezes, sendo ainda socorrido e encaminhado ao hospital do Pronto Socorro Municipal do Guamá, aonde já chegou sem vida.

O CASO

O crime que vitimou o cabo Jairo Correa aconteceu no dia 10 de dezembro passado, quando o policial, no bairro do Jurunas, após um suspeito de crime correr e ser perseguido. Na ocasião, o cabo acabou surpreendido por “Nego Bala” e dois parceiros. Eles atiraram na cabeça do policial, que morreu uma semana depois no Hospital Metropolitano. A Polícia Militar, também durante troca de tiros na semana passada, matou Cleuber Luiz Moraes de Melo, parceiro do agora falecido “Nego Bala”.

TEMIDO

“Nego Bala” era um dos bandidos mais temidos do bairro do Jurunas e, apesar de ter apenas 19 anos, contabilizava um rosário de crimes desde a adolescência. Para conseguir se livrar das ações da PM, utilizava o nome de Anderson Paiva Santos, que, na verdade, é o nome de um dos irmãos.

Filho de um taxista, Adenirson Paiva Santos comandava uma rede de assaltos nos bairros do Jurunas, Condor e Cremação. Vigilantes que trabalham em portos da Estrada Nova contaram ao DIÁRIO que todas as noites ele era visto com duas armas andando normalmente na avenida Bernardo Sayão e becos transversais.

Segundo um policial, que não quis se identificar, Adenirson era temido no bairro até pelos marginais e traficantes, andava sempre com duas armas e não pensava duas vezes antes de disparar contra suas vítimas e até mesmo contra a polícia.

Verificando seus antecedentes criminais, o DIÁRIO descobriu que o bandido respondia por vários crimes na Seccional da Cremação e outros procedimentos na Justiça, mas, como utilizava sempre o nome do irmão, os crimes ficaram divididos.

Somente este ano, o DIÁRIO registrou duas prisões do acusado na Seccional Urbana da Cremação. Entretanto, ele conseguiu um alvará para responder em liberdade, voltando a delinquir logo que saía da cadeia.

REPERCUSSÃO

A morte de Adenirson Paiva dos Santos foi o assunto que repercutiu na Polícia Militar durante todo o fim da tarde e inicio da noite do sábado, 25. Dezenas de viaturas estiveram no porto Princesa Isabel, no bairro da Condor, quando o corpo de “Nego Bala” foi retirado da lancha da Polícia Fluvial para ser levado ao Hospital do PSM do Guamá. (Diário do Pará)

Fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br

Um comentário:

  1. não quiz sair dessa vida loka era isso que ia dá agora segui-se o juízo

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