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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Delegada investiga suposta ligação de políticos em fraude milionária em MT

Secretário de Fazenda e deputado foram citados por suposta líder de esquema.

Delegada solicitou dados à Auditoria Geral para confrontar informações.

Pollyana Araújo
Do G1 MT



A Delegacia Fazendária de Mato Grosso investiga suposta participação do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) e do atual secretário de Fazenda do Estado, Edmilson dos Santos, no esquema que desviou R$ 12,9 milhões da Conta Única, conforme apontou relatório da Auditoria Geral do Estado (AGE). Eles foram citados no depoimento prestado na quarta-feira (23) pela ex-servidora da Sefaz, Magda Curvo, considerada a principal articuladora da organização criminosa.

A Polícia Civil informou que a delegada Cleibe Aparecida de Paula, que conduz as investigações sobre o caso, solicitou com urgência à Auditoria Geral do Estado (AGE) dados sobre o sistema financeiro do Estado, entre outros, que posteriormente serão confrontados com o depoimento da ex-servidora que ocupava o cargo de coordenadora de Controle da Conta Única. A partir dessa análise, a delegada irá decidir se eles serão intimados a depor acerca da suspeita de envolvimento na fraude.

Por meio de nota, Edmilson dos Santos disse estar tranquilo quanto às declarações de Magda Curvo e enfatizou que confia no trabalho realizado pela Defaz. O G1 telefonou para o deputado Gilmar Fabris e a mulher dele atendeu a ligação. Ela afirmou que o marido alega que não conhece Magda Curvo e negou qualquer envolvimento no caso.

"Com esses documentos será possível saber que o que ela [Magda] falou procede ou não", disse a delegada, por meio de assessoria. No depoimento, a ex-servidora disse que Lacerda tem vínculos com a família de um ex-servidor que também trabalhava na Conta Única. Além disso, ela afirmou que Edmilson dos Santos autorizou o pagamento de uma carta de crédito no valor de R$ 1,7 milhão atendendo um pedido do deputado Gilmar Fabris.

Magda ficou foragida por 20 dias e se entregou à polícia na quarta-feira. A defesa da ex-servidora alegou que ela é inocente. No depoimento, ela negou ter autorizado a transferência de dinheiro da Conta Única para contas bancárias de "laranjas", que nunca prestaram qualquer serviço ao Estado, e de ser beneficiada com isso. O advogado dela Roger Fernandes declarou que havia excesso de confiança dos servidores que acabaram abusando disso, inclusive utilizando a assinatura da ex-coordenadora da Conta Única.

Fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia

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