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sábado, 5 de maio de 2012

Vereadores pedem troca de policiais em Melgaço

Corrupção

Agentes são acusados de ineficiência e ainda de receber propina dos presos

Uma comissão de vereadores do município de Melgaço, localizado na ilha do Marajó, denunciou o efetivo das polícias Militar e Civil por corrupção. Os policiais são acusados de aceitar propina para libertar presos e de não garantir a segurança na região. Na semana passada, os políticos vieram a Belém pedir a substituição de todo o efetivo policial e apresentaram a denúncia formalmente à Corregedoria Geral de Polícia.

A iniciativa partiu da Câmara Municipal e foi motivada pelas frequentes reclamações de moradores. "Ao longo do ano passado foram feitas várias tentativas para resolver o problema. Sempre procurávamos a polícia, mas não recibíamos retorno", disse o vereador José Nilson Ferreira Rocha ao explicar o motivo da denúncia. De acordo com o major Leno Carmo, assessor da Polícia Militar (PM), as denúncias serão investigadas, como é de praxe com todas as denúncias que chegam à Corregedoria da PM. A Polícia Civil também informou que vai investigar as denúncias.

O vereador citou casos de violência ocorridos recentemente no município para ilustra a ineficiência policial. "Um empresário foi assaltado ontem (anteontem) à noite em Melgaço. Cinco homens invadiram a casa da vítima e roubaram R$ 200 mil destinados às despesas da empresa dele. Até agora ninguém foi preso ou identificado e o serviço fica todo sob responsabilidade da PM", relatou o vereador Nilson. Outro caso que revoltou a população foi o de um assaltante de balsas no rio Tujuparu, que margeia o município de Melgaço. "O juíz decretou a prisão preventiva do acusado, mas ele foi liberado na semana seguinte, após pagar R$ 2.500 de propina", acusa. Ainda de acordo com o vereador, a falta de um delegado de polícia dificulta ainda mais a segurança na região. Entre as exigências da comissão, falou Nilson, está a presença de um delegado para o município e a reforma da delegacia que está "sem condições dignas para manter uma pessoa presa".


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