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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dilma: mínimo passará dos R$ 600 até 2012

Edson Sardinha

A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse hoje que estuda adotar um mecanismo de compensação para evitar perdas no salário mínimo em decorrência da estagnação da economia no ano passado. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a petista afirmou que o salário mínimo deve ultrapassar a barreira dos R$ 600 – valor prometido por seu adversário no segundo turno, José Serra (PSDB) – até o início de 2012. O benefício hoje é de R$ 510. “Adianto a vocês que, num cenário de PIB crescendo a taxas que esperamos, vamos ter salário bem acima de R$ 700 reais em 2014. Já em 2011, estaria acima de R$ 600, no final de 2011, início de 2012", declarou.
Dilma defendeu o atual critério de correção do salário mínimo, que prevê a reposição da inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes. No ano passado, não houve crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro em razão da crise econômica internacional. "No salário mínimo, temos um critério que considero muito bom, baseado na inflação e no PIB. Temos o problema que o PIB de 2009 se aproxima do zero, até um pouco menos de zero. O Brasil teve uma recuperação muito forte, então estamos avaliando se é possível fazer essa compensação", declarou.
Na entrevista coletiva, concedida logo após o pronunciamento do presidente Lula, Dilma disse que não pretende enviar ao Congresso proposta recriando a CPMF, derrubada pelo Congresso no final de 2007. A presidente eleita admitiu, no entanto, que há um movimento por parte de governadores cobrando mais recursos para a saúde, área diretamente prejudicada com a extinção da contribuição sobre movimentação financeira.
“Tenho muita preocupação com a criação de imposto. Preferia que a gente tivesse outros mecanismos. Tenho visto mobilização dos governadores nessa direção, não posso fingir que não vi”, afirmou. “Do ponto de vista do governo federal, não é necessidade premente. Do ponto de vista dos governadores, sei que há esse processo. Não posso ir além disso”, acrescentou a presidente.

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