O DEM entrou nesta terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com duas representações contra o presidente Lula e a pré-candidata do PT à presidência da República Dilma Rousseff por campanha antecipada. Nas duas ações, o partido argumenta que houve propaganda ilegal nos eventos organizados pela Força Sindical, em São Paulo, e pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, em comemoração ao dia 1º de Maio. É a quarta representação protocolada pelo Democratas contra propaganda antecipada em dois dias.
"Não podemos aceitar que centrais e sindicatos que recebem recursos públicos promovam eventos político-partidários. E nem que Lula utilize sua base histórica, os sindicatos, a estrutura pública para fazer campanha em benefício próprio ou de sua candidata", afirmou o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). O partido ingressou ontem (3) com outras duas representações. Uma relacionada à participação de Lula em evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) por comemoração do 1º de maio. A segunda questionando o pronunciamento oficial do presidente veiculado em cadeia nacional por ocasião do dia do trabalhador.
O DEM afirma, na representação do evento da Força Sindical, que "não é de hoje que Lula vem realizando propaganda eleitoral antecipada em prol da pré-candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT), numa conduta que golpeia frontalmente o princípio isonômico". Na ação, o partido cita frase do presidente da CUT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que classificou Dilma como "a futura presidente do Brasil". Além disso, cita que Lula disse ter "certeza absoluta" de que a população deseja a continuidade de seu governo e de seus programas.
Já na peça sobre o evento em São Bernardo do Campo, o DEM lembra que Lula já foi multado pela corte eleitoral duas vezes, num total de R$ 15 mil. "O chefe do Poder Executivo Federal vem reiteradamente inflamando seu discurso sucessório sem qualquer tipo de limitação", afirmam os advogados do partido. A representação também coloca frases de Lula durante o encontro, quando o presidente afirmou desejar "agradecer a cada um (...), dizendo que o que nós fizemos precisa continuar e, para continuar, todos vocês sabem o que têm que fazer (...)".
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