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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Discurso de deputada azeda relação PT-PMDB


A manutenção da aliança entre PT e PMDB no Pará parece estar cada vez mais ameaçada. Ontem, a líder do PT na Assembleia Legislativa (AL), deputada Bernadete ten Caten, deu mais um “empurrão” no sentido de “azedar” ainda mais a já desgastada relação entre os dois grupos políticos. Em pronunciamento na AL, a petista tentou contestar o presidente do PMDB, deputado Jader Barbalho, que na edição do último domingo, no DIÁRIO, afirmou que o seu partido nunca participou das decisões do governo do PT, apesar de ter ajudado a elegê-lo em todo o Pará e classificou como empregos os cargos que os peemedebistas continuam ocupando na administração estadual sem ter, segundo Barbalho, chances de opinar sobre nada. “Os argumentos do líder do PMDB contradizem os fatos: o PMDB é o partido aliado com maior participação no governo, desde 2007, estando no comando hoje de sete órgãos do Executivo: Detran, Cosanpa, Cohab, Jucepa, Hemopa, Ceasa e Loterpa, além das regionais de saúde em Altamira e Santarém”, alegou a deputada. Ela complementou, que juntos o Detran, Cosanpa e Cohab e mais as regionais de saúde administram uma dotação orçamentária de R$ 519 milhões.Ainda segundo Bernadete ten Caten, o PMDB mantém 340 cargos comissionados no governo Ana Júlia, que são de livre nomeação do partido, excluindo dessa lista a Cosanpa.A líder petista lembrou que o PMDB era o responsável pelas secretarias estaduais de Obras (Seop), Saúde (Sespa) e também da Paratur, mas que optou por entregar estes órgãos por conta própria, alegando insatisfação.REBATEO líder peemedebista na AL, deputado Parsifal Pontes, assistiu atento ao pronunciamento da líder petista e, ao final da sessão, classificou sua postura como uma grosseria e indelicadeza, que ele enfatizou ser exatamente o que o PMDB tem recebido do governo petista e que foi personificado no discurso da deputada. “Se o PT não está satisfeito por que não demite os cerca de 300 cargos do PMDB?. O governo nunca cumpriu a sua palavra com o PMDB, que é o partido responsável pela eleição da governadora Ana Júlia”, rebateu Pontes.O peemedebista reafirmou que a governadora só concorreu ao cargo por interferência do presidente do PMDB, Jader Barbalho. Ele contou que, em 2007, o candidato do PT era o então deputado estadual Mário Cardoso, mas Barbalho, em reunião em Brasília com o presidente Lula e o ex-deputado José Dirceu, propôs o nome da então senadora Ana Júlia Carepa. “Ela só foi candidata a pedido do Jader Barbalho, pois a direção do PT queria o Mário Cardoso”, enfatizou Parsifal Pontes.O líder do PMDB também afirmou que o acordo com o PMDB desde o primeiro turno seriam 30% dos espaços no governo e mais a eleição do presidente da AL. “Desde o início, o acordo nunca foi cumprido. Hoje temos zero. Nós temos empregos no governo, como afirmou Jader Barbalho”. Parsifal Pontes chegou a afirmar que o pronunciamento da líder petista foi um favor ao PMDB, chegando a dizer que ainda não é a posição oficial do partido. “Mas, pra mim, esse governo já tá no olho da rua. O único compromisso cumprido foi a eleição do Domingos Juvenil, mas no segundo mandato para a presidência da AL a senhora governadora conspirou contra o Juvenil, contra o PMDB, ficou até altas horas da madrugada tentando convencer alguns deputados de outros partidos para concorrer. Até o Luiz Sefer. O PMDB não deve nenhum favor ao PT. A situação é justamente o inverso”. O deputado avisou que os projetos de pedidos de autorização de empréstimos que tramitam na AL dependem da aprovação da maioria, portanto, o governo terá que enviar o detalhamento dos gastos pormenorizados, a exemplo dos R$ 184 milhões aprovados na Comissão de Finanças ontem. “Juntos PMDB, PPS, PSDB e PTB temos 22 dos 41 votos”, alertou o líder do PMDB.


Fonte: Diário do Pará

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