RIO - A falsa psicóloga Beatriz da Silva Cunha, de 32 anos, foi presa na manhã deste sábado, em um apartamento na Barra da Tijuca. Ela é acusada de tortura por usar tratamentos agressivos para fazer com que crianças autistas se alimentassem. Beatriz já havia sido presa e foi solta pela Justiça no último dia 30.
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No último dia 27, Beatriz foi presa por estelionato, falsidade ideológica e propaganda enganosa. De acordo com a Polícia Civil, a falsa psicóloga tentava atrapalhar as investigações, marcando reuniões com pais de pacientes. Ela foi levada para a Delegacia de Defesa do Consumidor e deve ficar presa temporariamente por 30 dias. Na manhã deste sábado também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em três endereços conhecidos de Beatriz: no apartamento da Barra, que seria da mãe dela, em Botafogo e no Méier.
A falsa psicóloga tratava de crianças autistas no Centro de Análise do Comportamento, em Botafogo, na Zona Sul, fechado pela Vigilância Sanitária por não ter alvará para funcionamento. Além do crime de tortura, a suspeita será indiciada por estelionato, propaganda enganosa e exercício ilegal da profissão.
De acordo com o delegado Maurício Luciano Almeida e Silva, responsável pelo caso, o marido da falsa psicóloga, Nelson Antunes de Farias Júnior, também será indiciado pelos mesmos crimes que a mulher.
- Ele será indiciado pois sabia que ela não era psicóloga e a ajudava a cometer esse crime. Ele era gerente financeiro, contador da clínica - explicou.
Em 29 de outubro de 2009, a falsa psicóloga participou de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores sobre a intenção da Secretaria de municipal de Educação de acabar com as escolas para alunos especiais a partir de 2010.
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