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quinta-feira, 8 de março de 2012

Ministro: governo e base aliada 'passam por momento tenso'

Brasília - O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, um dos principais interlocutres políticos do Palácio do Planalto, admitiu nesta quinta-feira que as relações com os partidos da base aliada "passam por um momento tenso". Ontem, o Senado rejeitou o nome de Bernardo Figueiredo para continuar na direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) por 36 votos a 31, mesmo o governo tendo maioria na Casa.

"É um momento tenso, mas vamos dialogar, conversar, entender. Não é hora de nenhuma declaração precipitada. É hora de entender que a democracia implica em vitória e derrota. Vamos avançando", disse o ministro. A derrota no Senado pegou o governo de surpresa. Até o momento, apenas deputados peemedebistas haviam manifestado descontentamento com o que eles chamaram de "favorecimento" do Planalto aos ministérios controlados pelo PT, o mesmo partido da presidente Dilma Rousseff. Até a votação de ontem, os senadores mantinham a discrição.

Gilberto Carvalho preferiu não condenar os partidos da base aliada, que para ele passam por momentos tensos ou calmos ao longo do governo. "Eu considero que nossa relação com os partidos políticos é suficientemente madura e bem fundamentada para a gente não sair rasgando as roupas de preocupação. A gente vê com calma e recompõe essa relação", ponderou o ministro.

'Pão e água' na base

Os deputados peemedebistas entregaram na tarde de terça-feira um manifesto com 53 assinaturas ao presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), manifestando descontentamento com o governo. Na saída da reunião, eles não pouparam críticas ao Planalto.

"Estamos absolutamente descontentes com o comportamento hegemônico do governo. Tudo é para o PT, e pão e água para os ministérios do PMDB", disse o deputado Darcísio Perondi (RS). "Nós não somos aliados, somos governo", acrescentou o deputado Manuel Júnior (PB).

"Nós estamos vivendo numa encruzilhada, onde o Partido dos Trabalhadores se prepara com ampla estrutura governamental para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como maior partido com base municipal no País", diz um trecho do manifesto. O documento conclama políticos peemedebistas para o encontro nacional da legenda, marcado para o dia 17 de maio.

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