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terça-feira, 20 de julho de 2010

MPE quer 'Baculation' na Justiça Comum

Apesar de hiláio, o caso repercutiu e foi qualificado como tortura

O promotor de Justiça Militar Armando Brasil Teixeira deu parecer pedindo que o inquérito que apura do caso do “Baculation” seja enviado para a Justiça Comum. Para o promotor, os policiais envolvidos no caso devem responder pelo crime de tortura.

O caso veio à tona quando um vídeo mostrou suspeitos detidos pela PM dançando uma paródia da música de axé “Rebolation”. No caso, virou “Baculation”, que faz referência ao termo policial baculejar, que significa revistar.

“Entendo que a intenção dos militares era a de humilhar os ofendidos ordenando-lhes que dançassem diante de uma câmera filmadora embutida em um telefone celular, para em seguida, levar ao conhecimento do público por meio do site Youtube em uma ofensa ao princípio da Dignidade da Pessoa Humana”, dizia um trecho do parecer.

Como o crime de tortura não está previsto na lei penal da Polícia Militar, o pedido de punição aos policiais foi encaminhado à Justiça Comum. Agora cabe ao juiz, aceitar ou não este pedido. Os policiais militares envolvidos no caso “baculation” foram identificados: Adilson Vasconcelos, Yasmin Nascimento, Carlos Mendes e Cleiton Costa.

O CASO No dia 12 de maio deste ano, por volta das 15h, os policiais militares que faziam ronda em motocicletas, na viatura 0208, foram acionados pelo Centro Integrado de Operações (Ciop - 190) para verificarem uma ocorrência de assalto na rodovia Arthur Bernardes, em Belém.
A guarnição efetuou a detenção dos acusados e eles foram levados para a Seccional da Sacramenta.
Como os três eram menores de 18 anos, uma viatura da Companhia Independência de Policiamento Assistencial (Ciepas) foi acionada.

Enquanto aguardavam a chegada da viatura, os policiais teriam ordenado que os adolescentes dançassem o “Baculation” foi quando as imagens foram feitas pelos telefones celulares dos policiais.

OPINIÃO
O vídeo do “Baculation” foi parar na internet e dividiu a opinião pública. Muitos populares desqualificam a acusação, dizendo que “não teria sido nada de mais” se comparado às humilhações que os infratores fazem à suas vítimas. Dê a sua opinião no site do Diário do Pará.
Fonte: Diário do Pará

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