Pesquisar este blog

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Divisão do Pará pode criar três Estados deficitários, diz pesquisa do Ipea

Estudos apresentados nesta segunda-feira (28) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que, em caso de separação do Pará em três Estados, no plebiscito que se realizará no dia 11 de dezembro, todos eles nascerão deficitários. Enquanto o Pará registra atualmente um superávit anual de aproximadamente R$ 300 milhões, subtraindo suas despesas da receita orçamentária, Carajás terá déficit de pelo menos R$ 1 bilhão anual, Tapajós, de R$ 864 milhões, e o Pará remanescente, de R$ 850 milhões.

Leia mais notícias no R7

De acordo com pesquisa semelhante feita pelo Idesp (Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará), os déficits podem ser maiores, dependendo dos investimentos necessários em infraestrutura. Isso poderia levar a desequilíbrios financeiros e implicações para infraestrutura, equipamentos públicos e outros investimentos.

Para a técnica do Idesp Lúcia Andrade, mesmo que o Estado não seja separado, as discussões e pesquisas realizadas recentemente indicam e poderão levar a “um novo modelo de desenvolvimento”, que possibilite uma descentralização dos investimentos e das decisões de governo.

O coordenador do Núcleo de Meio Ambiente da UFPA (Universidade Federal do Pará), Gilberto Rocha, considera que a população paraense teve pouco tempo para discutir sobre seu futuro. Além disso, ele ressalta que 66% do território do Estado são compostos de terras federais, incluindo unidades de conservação, assentamentos, áreas indígenas, onde o governo estadual não tem autonomia.

.Tanto Rocha quanto Lúcia Andrade disseram esperar que, apesar do tempo reduzido para as discussões e pesquisas sobre a divisão, a metodologia usada para estudar as consequências da divisão do Pará sirva para outros casos no futuro. Atualmente, existem 23 projetos de divisão de regiões tramitando no Congresso Nacional, mais do que na época da Constituinte, em 1988, quando eram 17, segundo os pesquisadores.

No plebiscito do dia 11, sobre a divisão do Estado, os eleitores do Pará responderão a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contra a criação do Estado do Tapajós. Em seguida, os paraenses responderão se são favoráveis ou não à criação do Estado de Carajás. A ordem das perguntas foi definida em sorteio, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O voto é obrigatório para quem tem título de eleitor do Pará, e os que estiverem fora do domicílio eleitoral têm o prazo de 60 dias para justificar a ausência.

Fonte:http://noticias.r7.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário