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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Tenente que recusou R$ 1 milhão para liberar Nem disse não ser herói


O secretário de Segurança do Rio destacou nesta sexta (11) o exemplo de honestidade dos policiais militares que capturaram o traficante Nem. O tenente que recusou R$ 1 milhão de suborno para liberar o criminoso disse que não se considera um herói.

Na posição de sentido, nesta sexta-feira (11), havia algo diferente. Os policiais do Batalhão de Choque foram reunidos para ouvir um pronunciamento do Secretário de Segurança Pública, e mostraram todo o orgulho de ter na tropa exemplos de honestidade e honra.

Foi o tenente Disraeli que ouviu, sozinho, longe dos colegas, a proposta de suborno milionária para liberar o traficante Nem: R$ 1 milhão. Dinheiro que ele só poderia acumular em 25 anos de trabalho porque ganha R$ 3 mil por mês.

É preciso ser herói para recusar uma oferta como essa? “De forma alguma. Levei comigo os valores que minha mãe e meu pai me colocaram desde criança e acredito que sejam os mesmos valores que a maioria da sociedade tem. Então não fiz nada demais”, declarou.

O tenente Cadar que estava naquela noite em um dos acessos da rocinha foi chamado pelo colega para ajudar na prisão do traficante: “Alegria de chegar com bom exemplo em casa, acho que isso é o mais importante”, afirmou.

Ao todo, 11 policiais do choque participaram da prisão. “Isso é para provar que não é só de más notícias que vive a Polícia Militar. Existe muito policial honesto que honra sua farda”, destacou o tenente.

O Secretário de Segurança fez questão de cumprimentar os dois oficiais que representavam o grupo: “Vocês são exemplos para todo mundo. Porque vocês enfrentam não só crime, como também essa minoria que não quer o bem para a sociedade”, afirmou o Beltrame.

Os policiais que participaram diretamente da prisão do traficante Nem disseram que não foi a primeira vez que receberam uma oferta de dinheiro para não cumprir a lei. Uma tentativa de suborno já aconteceu na porta de uma delegacia.

“Girou em torno de R$ 5 mil, a situação de um assalto a mão armada. O meliante tentou uma negociação para ser liberado”, lembra Disraeli.

Aos 32 anos, Disraeli está na profissão há dez anos, e no Batalhão de Choque ainda nem completou três. Para os filhos que ainda são pequenos, pretende contar o que aconteceu, para servir de exemplo: “Honestidade, honra, integridade moral”, contou.


Fonte:http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia

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