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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Professores em greve protestam em atos de Dilma no Rio e São Paulo

Paralisação completa 50 dias neste sábado e atinge 90 instituições federais de ensino


RIO e SÃO PAULO - Servidores e alunos de universidades federais em greve estão aproveitando a agenda política da presidente Dilma Roussef para reivindicar melhorias no ensino superior. No Rio e em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, professores e estudantes organizaram manifestações durante a presença da presidente na inauguração de unidades de saúde nestas quinta e sexta-feira (5 e 6).

No Rio, cerca de 30 professores da UFRJ, UFF e Unirio se uniram a servidores de hospitais federais para protestar durante a inauguração da Coordenação Regional de Emergência em frente ao Hospital Miguel Couto, nesta sexta, com a presença da presidente. Aos gritos de “Dilma, a culpa é sua que a nossa aula é na rua!”, eles estenderam faixas com dizeres como “Universidades federais em greve. Negocia, Dilma!” e “Salários, carreira única e condições de trabalho”.
O professor da Escola de Comunicação da UFRJ Eduardo Coutinho também defendeu mais investimentos na educação:

— Nossas universidades estão em greve há mais de um mês e é preciso que o governo aumente os repasses percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) para essas duas áreas fundamentais ao país.

A greve completa 50 dias neste sábado (7) e já atinge cerca de 90 instuições federais de ensino. A principal reivindicação é a reestruturação da carrreira docente. Na quinta, um grupo de cerca de cerca de 30 pessoas, entre servidores e alunos em greve da Universidade Federal do ABC (UFABC), protestaram com faixas e cartazes, durante a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Bernardo, também com a presença de Dilma. Alunos presentes disseram apoiar o movimento.

— Estão ignorando o nosso movimento — disse o analista de sistemas Celso Fernando dos Santos, de 25 anos, que se apresenta como funcionário concursado da UFABC.

No final do discurso, a presidente disse aos grevistas, que carregavam cartazes de protesto:

— Pode acalmar que as coisas virão para o seu lugar, na hora certa. Pode ter certeza disso.






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