Pesquisar este blog

sábado, 26 de junho de 2010

Marina Norte-Sul

"Ela tem uma poderosa (e polêmica) carta na manga: uma série de depoimentos de Lula enaltecendo a sua trajetória. Não há melhor cabo eleitoral"

Rodrigo Graça Aranha

O otimismo domina o comitê de Marina Silva. Os verdes têm em mãos duas pesquisas ainda não registradas que apontam um crescimento vertiginoso da candidata. Os números são tão favoráveis, que algumas cabeças coroadas do comando da campanha cogitam, pela primeira vez, uma eventual passagem para o segundo turno.
Outro fator que está sendo observado com cautela, mas com muita atenção pelos verdes, é o julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral do processo que tornou Anthony Garotinho inelegível. Isso porque, caso a sentença proferida pelo TRE-RJ seja referendada pelo TSE, o apoio a Fernando Gabeira na disputa pelo Governo do Rio é dada como certa.
Gabeira é provavelmente - depois de Marina - o verde mais conhecido do país. Uma eventual saída de Garotinho da disputa o colocaria (quase) automaticamente no segundo turno com o atual Governador do Rio, Sérgio Cabral, que disputa a reeleição. Tal fato representaria um sólido palanque para Marina onde ela mais precisa de suporte político: no sudeste do país.
As pesquisas que serão divulgadas nos próximos dias sinalizam uma participação nacional em torno de 12%, com destaque para um crescimento muito expressivo na Região Sul, onde em um dos estados sua participação pulou de 2% para 12%.
No consolidado por região, Marina alcança os 15% na Região Norte do país, onde está sua origem política, e sua imagem desperta forte identificação na população de baixa renda. A segunda região onde é mais bem avaliada é o Sul. Por essa razão, alguns especialistas em pesquisa eleitoral a apelidaram de: “Marina Norte-Sul”.
Existe hoje no PV um número mágico a ser perseguido: 15% das intenções de voto, nacionalmente. Esse número é avaliado pelo comando da campanha como sendo o turning point na mídia e na opinião pública. A crença é que se esse patamar for alcançado até o final da Copa, quando a cobertura jornalística se voltará para o processo eleitoral, Marina vai estar identificada como uma candidata competitiva.
Mais pontos nas pesquisas, mais espaço na mídia. Com maior visibilidade, a tendência é crescer e encurtar a distância que hoje a separa de Serra e Dilma. Marina corre contra o relógio. Alcançar os tão sonhados 15% das intenções de voto em agosto ou setembro, não lhe assegurará um papel de destaque na corrida eleitoral. Para ser competitiva, ela precisa carimbar esse número logo nas primeiras pesquisas, após a Copa.
Para conseguir essa façanha, ela tem uma poderosa (e polêmica) carta na manga: uma série de depoimentos em que o presidente da República aparece enaltecendo a trajetória da “companheira Marina” e suas virtudes. Quem assistiu aos vídeos, garante que não há melhor cabo eleitoral.
Fonte: www.congressoemfoco.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário