Pesquisar este blog

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O assédio moral na PMPA (ou “PMPA: onde os coletes, armas e viaturas valem mais que o ser humano”)

O professor de Direito Processual Penal Militar e Criminalística Aplicada do Instituto de Ensino de Segurança Pública – IESP, capitão QOPM Sandro de Souza Dias, foi convidado, pela Diretoria de Ensino da PMPA, para fazer uma palestra, em meados do mês de junho de 2010, para os alunos do Curso de Formação de Sargentos da PM (CFS/PM). Após a palestra, lhe foi exigido que realizasse uma prova escrita sobre o tema ministrado. Sandro julgou inadequado, do ponto de vista pedagógico, realizar uma avaliação formal naquelas circunstâncias e se recusou a fazê-la.

Dias depois, o Diretor de Ensino da PM, Coronel Lima, chamou Sandro ao seu gabinete e, na presença de vários oficiais (TC Eraldo, Maj Mauro e Cap Walder), tentou coagi-lo a realizar a referida avaliação. O oficial intermediário inicialmente resistiu à prática simulatória, mas, para evitar conflito com o superior hierárquico, concordou em elaborar 06 questões para serem aplicadas aos alunos do CFS por monitores do Centro de Formação de Praças da PM – CFAP/PM.

Alguns dias depois do entrevero, no corredor do comando geral da PM, Sandro foi abordado pelo coronel Leitão, comandante geral da corporação, o qual lhe interrogou sobre o ocorrido. Após ouvir a resposta do capitão, leitão, não contente, disse-lhe: “Capitão Dias, você é muito legalista, muito legalista!”. Essas foram as palavras mágicas que selariam o destino do oficial.

Uma semana depois da conversa com Leitão, sem aviso prévio, o capitão Sandro Dias foi exonerado da Corregedoria Geral e transferido, ex ofício, para o 15º Batalhão de Polícia Militar, localizado na cidade de Itaituba/Pa.

Assim, pelo simples fato de defender, como professor, o seu ponto de vista, o capitão foi punido com a mais sórdida e cruel punição que pode ser imposta a um militar: o afastamento abrupto dos familiares, amigos e das atividades extra-profissão que realizava na cidade onde estava lotado.

Desse lamentável episodio, depreendem-se duas coisas: o perfil autoritário e desrespeitoso do atual comandante da PM, coronel Leitão, para com os seus subordinados (basta lembrar o episódio com os integrantes da Banda de Música da PM); e a razão do alto índice de reprovação que o “ex-governo do povo” possui na PMPA.

O preposto da aninha, vulgo Baby, sabe que hierarquia e disciplina não justificam atos de ASSÉDIO MORAL, mas, em um governo apático e conivente com todo tipo de abuso, o que menos interessa é o SER HUMANO. Eis o porquê de a infeliz governadora, quando se refere a PM, se limitar a dizer que investiu em coletes, armas e viaturas.

PORTARIA No 474/2010 – GAB. CMDo:
O Comandante Geral da Polícia Militar do Pará, usando de suas atribuições conferidas
por Lei,
RESOLVE:
ART. 1o – EXONERAR da função abaixo, o seguinte Oficial:
MEMBRO DA COMISSÃO PERMANENTE DA CORREGEDORIA DO COMANDO DE
POLICIAMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA
CAP QOPM RG 24992 SANDRO DE SOUZA DIAS
ART. 2o – Esta Portaria entrará em vigor a contar da data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.
Quartel em Belém/PA, 31 de agosto de 2010.
AUGUSTO EMANUEL CARDOSO LEITÃO – CEL QOPM
COMANDANTE GERAL DA PMPA
Fonte: http://blogdowolgrand.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário