Thomaz Pires
Pesquisa divulgada pelo Datafolha animou a candidata petista Dilma Rousseff, que está 17 pontos à frente do tucano José Serra, e o venceria se a eleição fosse hoje. Neste sábado (21), embora ainda com cautela, a candidata admitiu a hipótese de vencer a eleição no primeiro turno.
"Qualquer vitória que a gente por ventura consiga vai depender da aprovação de um projeto que nós começamos há muitos anos. Isso que pode levar no dia 3 de outubro, às 5h da tarde - fechadas as urnas, começa a contar os votos - a gente ter a perspectiva de ganhar no primeiro turno e, caso não seja isso, ir para o segundo turno e ganhar também", disse a candidata.
Mas questionada sobre o excesso de otimismo, Dilma disse que evitará subir no salto alto. "A pesquisa até agora não está sendo ruim, porque não está dando espaço para o clima de já ganhou. Ela mostra que o programa de TV está indo no rumo certo", disse.
Segundo o levantamento, Dilma distanciou-se de Serra em 17 pontos e chegou aos 47% na preferência do eleitorado. Serra tem 30% e Marina, 9%. Trata-se da primeira pesquisa depois do início da campanha em rádio e TV. No levantamento anterior, feito entre os dias 9 e 12, a petista estava com 41% contra 33% do tucano. Esta é a primeira pesquisa divulgada depois do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV.
Balde de água fria
Se o clima já não andava bom entre os partidários da candidatura de José Serra, do PSDB, a pesquisa Datafolha caiu Divulgada neste sábado (21), a pesquisa Datafolha caiu como uma balde de água fria. Durante todo o dia, o candidato foi assediado por diversos jornalistas para comentar o último levantamento sobre a corrida dos presidenciáveis. Irritado com a insistência, Serra repetiu por mais de uma vez a frase pronta: “Eu não comento pesquisa”.
Durante a manhã deste sábado, Serra participou de uma caminhada pelas ruas de Caxias, na Baixada Fluminense, e comentou um tiroteio entre policiais e bandidos no morro de São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. Desde o início, antecipou que não iria comentar a pesquisa. Entretanto, as declarações recaíram sobre inoperância, segundo ele, do governo em conter a violência e o tráfico na região.
Embora os assessores aleguem que a campanha não está afetada pelos números negativos, Serra mostrou-se disposto em adotar uma postura mais agressiva. Em Caxias, o candidato do PSDB criticou a falta de empenho, na sua avaliação, do governo federal no combate à violência. “O governo federal e o presidente da República precisam se jogar numa luta para combater o problema nas suas bases, no tráfico de drogas e no contrabando de armas," afirmou.
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