Velocidade é superior à permitida no túnel onde morreu o filho de Cissa Guimarães, mas não caracteriza a realização de um 'racha'
Leo Pinheiro
O Instituto de Criminalística Carlos Éboli divulgou na tarde desta segunda-feira o laudo das perícias feitas no Siena dirigido por Rafael Bussamra, e da reconstituição da cena do atropelamento do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães. Rafael morreu no acidente, na madrugada de 20 julho, quando andava de skate com amigos no Túnel Acústico, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Segundo o documento, o veículo do atropelador estava a aproximadamente 100 km/h no momento do acidente. Já Bussamra, na noite da reprodução simulada, admitiu para os peritos do ICCE e para a delegada que investiga o caso que dirigia a cerca de 90 km/h. A velocidade é superior à permitida no túnel (80 km/h), mas não caracteriza, isoladamente, a realização de um "racha". A delegada Bárbara Lomba, titular da 15ª DP, só vai se manifestar oficialmente sobre o resultado nesta terça-feira.
Segundo Bárbara Lomba, caso seja comprovado 'racha', Bussamra pode ser indiciado por homicídio com dolo eventual, que se configura quando o acusado não teve intenção de matar mais assumiu o risco de que suas atitudes poderia tirar a vida de outra pessoa.
Rafael Bussamra prestará depoimento ao major Bastos, da corregedoria da Polícia Militar, para esclarecer a participação do sargento Marcelo Leal e do cabo Marcelo Bigon na liberação do carro na madrugada do acidente. Roberto Martins Bussamra, pai de Rafael, denunciou que os PMS o ameaçaram e exigiram R$ 10 000 para liberar o carro. O irmão de Rafael, Guilherme Bussamra, que mora em São Paulo, também é esperado no escritório de advocacia, no centro da cidade, onde serão prestados os depoimentos.
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