A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou ontem ao Comando Nacional dos Bancários uma nova proposta para os funcionários em greve. Entre os pontos estão o reajuste salarial de 7,5%. A greve nacional dos bancários já está em seu 14º dia. Na Região Metropolitana de Belém, os bancos públicos tiveram adesão total e aproximadamente 63% dos bancos privados estão fechados. As principais reivindicações da categoria são mais contratações de funcionários, garantia de itens de segurança para os clientes e trabalhadores, reajuste salarial de 11%, aumento do auxílio-refeição, aumento do piso salarial e Participação nos Lucros ou Resultados (PLR).
A proposta de reajuste salarial dos bancários foi elevada para 7,5% - o que representa aumento de 3,1% acima da inflação - para quem ganha até R$ 5.250. No caso de salários superiores, a proposta prevê um fixo de R$ 393,75 ou reajuste da inflação do período (4,29%), o que for maior. Anteriormente, a proposta era de apenas 6,5% de reajuste para quem ganha até R$ 4.100 e um valor fixo de R$ 266,50 para os demais. Os novos pisos salariais, se a proposta da Fenaban for aceita, vão de R$ 748,59 para R$ 870,84 na portaria e de R$ 1.074,46 para R$ 1.250,00 para escritório e caixa. A proposta também melhora a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para 90% do salário mais R$ 1.100,80, limitado ao teto de R$ 7.181.
Ao final da negociação, o comando se reunirá para avaliar as propostas dos bancos e definir orientações para as assembleias que serão realizadas amanhã em todo o país. 'A proposta é muito boa, porém, tem alguns pontos que não avançaram, como o pedido de contratação de mais bancários para melhorar a condição de trabalho e diminuir o tempo do atendimento. Na quarta-feira, às 18 horas, vamos nos reunir na assembleia para votarmos. Pode haver sim a possibilidade da aceitação da proposta. Se isso acontecer a greve acabará às zero hora da quinta-feira', explica o diretor jurídico do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Sandro Mattos.
Os clientes que tiverem dificuldades em pagar contas nas agências podem recorrer aos canais de atendimento remoto, como os caixas eletrônicos e os correspondentes não bancários como casas lotéricas, farmácias, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados. Para quem tem acesso, os bancos ainda oferecem o serviço na internet. Para localizar uma agência ou posto de atendimento bancário em qualquer ponto do país, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disponibiliza em seu site na internet uma ferramenta de busca e localização de endereços.
A Fundação Procon-SP alerta o consumidor para efetuar o pagamento de faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança para não ser cobrado de eventuais encargos e para que seu nome não seja enviado aos serviços de proteção ao crédito. A recomendação da entidade é entrar em contato com as empresas e solicitar outros locais e formas para efetuar o pagamento. Caso não haja, o consumidor deve documentar a tentativa de quitar o débito, podendo até registrar uma reclamação junto ao Procon. O entendimento é que o consumidor não pode ser prejudicado por problemas decorrentes da greve.
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