O sistema de segurança pública do Pará pode entrar em colapso em alguns anos, devido à falta de delegados de Polícia Civil no Estado. Isso porque quase 40% do efetivo em atividade hoje já poderá se aposentar até 2014. A preocupação é da Associação dos Delegados de Polícia do Pará (Adepol).
Segundo Fernando Flávio, presidente da associação, em quatro anos 265 delegados já poderão se aposentar por tempo de serviço ou por invalidez. Em 2011, são 105. Somente em janeiro passado, quatro já se aposentaram. Hoje, o policial pode se aposentar com 30 anos de serviços, sendo pelo menos 20 na Polícia Civil.
Para Fernando, a questão está na defasagem atual de delegados em território paraense. “Hoje temos uma defasagem de 34% no quantitativo ideal”. Ele calcula em 547 delegados na ativa, quando o necessário mínimo seria de 829 servidores. Por isso, Fernando considera uma providência urgente a realização de concurso para preenchimento dessa lacuna. “Se o Estado não fizer concurso de imediato, vai haver uma sobrecarga de trabalho entre aqueles que estiverem na ativa”, prevê.
Isso pode significar, segundo Fernando, aumento da escala e sobrecarga de serviços. O problema também pode piorar no interior do Estado. Alguns municípios, como Melgaço, no Marajó, possuem apenas um concursado para administrar as delegacias. Flávio considera que a urgência é necessária pois todo o trâmite do concurso público é demorado. “Começando pelo edital, prova escrita, exames físicos, recursos e curso na academia, tudo isso demora pelo menos um ano”, reitera.
O delegado apto para deixar o serviço através da aposentadoria tem 90 dias após o requerimento para ter o pedido aceito pelo Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará (Igeprev). Caso a solicitação não seja atendida neste prazo, ele pode pedir o afastamento das atividades ao delegado-geral de Policia Civil. “Tem delegados esperando 2, 3 anos para que a aposentadoria saia”, denuncia.
CONCURSO
Fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário