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terça-feira, 6 de abril de 2010

Associações militares confirmam aquartelamento para esta quarta


Thiago Gomes – Repórter


De Brasília, onde participam de uma marcha nacional pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, as lideranças da classe militar de Alagoas confirmaram o aquartelamento para esta quarta-feira (07). A paralisação foi definida no dia 30 de março, durante uma assembleia geral unificada, na Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal).
“Está tudo certo e confirmadíssimo. O aquartelamento foi deliberado de forma unânime por aqueles que compareceram à assembleia. Ficaremos, a partir desta quarta-feira, assim como outras categorias do funcionalismo estadual, de braços cruzados para protestar contra o descaso em todas as áreas públicas”, afirmou o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, cabo PM Wagner Simas Filho.
Ele disse que a recomendação das lideranças para os militares que estarão cumprindo escala de serviço nesta quarta-feira é para que fiquem nos quartéis e não atendam nenhuma ocorrência. Os que estão de folga, assim como policiais e bombeiros da reserva remunerada, o pedido é que participem do ato geral, marcado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT/AL), na Praça Dom Pedro I, no centro da Capital.
Simas acredita que alguma medida punitiva e restritiva deve ser adotada pelo comando geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, na tentativa de impedir o protesto. “Vamos aguardar também estas medidas. No entanto, a nossa situação é precária, precisamos de uma política estadual de valorização da segurança pública e não podemos permanecer na condição em que estamos. Na rua ou dentro dos quartéis vamos mostrar que não estamos satisfeitos”, comentou.
Além da tramitação das PECs, na Câmara Federal, que será um dos principais assuntos a serem discutidos na assembleia, os militares lutam para sanar um déficit salarial dos policiais e bombeiros de Alagoas de quatro anos, referentes às datas-base que não foram pagas. Há ainda um percentual de 7% restante de uma negociação feita no início de 2007, que deveria ter sido aplicada aos vencimentos deste este período. A categoria pede ainda o fim das escalas excessivas de trabalho, o abuso de autoridade por parte dos comandantes e melhor estrutura para desenvolver a profissão.

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