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sábado, 3 de abril de 2010

José Nery diz que governo do Pará não valoriza trabalhadores da educação


O senador José Nery (PSOL-PA) lamentou, em discurso nesta quarta-feira (31), que o governo do estado do Pará "esteja apenas no discurso, quanto à valorização dos trabalhadores da educação pública estadual". Ele lamentou que o governo não tenha encaminhado à Assembleia Legislativa do estado, conforme prometido, sua versão do plano de cargos, carreira e salários.
O representante do Pará informou que os professores públicos estaduais e municipais fizeram nesta quarta-feira uma paralisação de alerta, para mostrar que "a educação pública de qualidade passa pela valorização dos trabalhadores da educação".
José Nery disse que as duas greves realizadas nos dois últimos anos pela categoria tiveram 90% de adesão dos trabalhadores. Lamentou que a reunião entre trabalhadores e governo realizada no último dia 26 de fevereiro não tenha avançado quanto às reivindicações econômicas da categoria. O senador propôs que as partes novamente se reúnam para tentar chegar a uma solução para o impasse.
O senador também registrou a reivindicação dos trabalhadores de elaboração de um plano de reestruturação de toda a rede física das escolas estaduais.
- Espero que, no Pará, nós consigamos que o governo e o sindicato que representa a educação pública cheguem a um acordo que evite a greve - afirmou o parlamentar, lembrando que a paralisação desta quarta-feira foi somente de advertência.
No mesmo pronunciamento, o senador saudou o que chamou de "sentença judicial histórica, que honra a justiça do trabalho no Pará". Ele se referiu à decisão do juiz de Parauapebas, Jônatas Andrade, de incluir as horas itinerantes na jornada de trabalho dos funcionários terceirizados da Companhia Vale do Rio Doce. Essas horas itinerantes referem-se às horas gastas no percurso de 50 quilômetros entre o centro de Parauapebas até a mina de ferro de Carajás.De acordo com o senador, a companhia foi condenada a pagar R$ 200 milhões ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e outros R$ 100 milhões por danos morais coletivos.

Fonte: Agencia do Senado

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