A rejeição dos eleitores paraenses à proposta de divisão do Estado se manteve maior que 60%. Segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem, 65% são contra a criação do Carajás e 64% são contra a criação do Tapajós.
Os números favoráveis à união do Pará oscilaram para cima em relação à última pesquisa, concluída em 24 de novembro. Na ocasião, 62% dos paraenses eram contra a criação do Carajás, e 61% rejeitavam a criação do Tapajós. O Datafolha ouviu 1.213 eleitores em 53 municípios do Pará nos dias 6, 7 e 8 deste mês. O percentual de eleitores favoráveis aos dois novos Estados permaneceu no mesmo patamar, dentro da margem de erro: 31% são a favor do Carajás e 32% são a favor do Tapajós.
A diferença é que diminuiu a quantidade de eleitores indecisos, ao mesmo tempo em que cresceram as intenções de votos contra a divisão. No primeiro Datafolha sobre o plebiscito, realizado entre os dias 7 e 10 de novembro, 58% eram contra o Carajás e contra o Tapajós.
Houve um acréscimo na rejeição de oito pontos percentuais para o Carajás e sete pontos percentuais para o Tapajós. Os indecisos agora são 4%. O Datafolha ressalta que a pesquisa reflete a opinião dos eleitores nesta última semana de campanha e não pode ser analisada como uma previsão exata do resultado.
A rejeição aos novos Estados atingiu nível recorde na área do Pará remanescente. Na região, onde está a maior parte dos eleitores, 92% são contra o Carajás e 90% são contra o Tapajós. Entre os eleitores do Carajás, 80% querem virar um novo Estado. No Tapajós, esse percentual é de 79%.
REAÇÕES
As lideranças políticas contra a divisão festejaram os números da pesquisa. Mas, as lideranças favoráveis à criação de Carajás e Tapajós afirmam que os números desfavoráveis não desanimam e continuam firmes na expectativa de que o resultado das urnas será favorável à divisão.
O presidente da frente pró-criação do Estado do Carajás, João Salame, assegura que os números da pesquisa não mudam em nada. “Quem defende uma causa não pode se abater por causa de pesquisa”. Para os partidários da separação, há duas possibilidades que podem beneficiar a criação do Carajás e Tapajós. A primeira delas é o voto silencioso, que Salame afirma que acredita que haverá. Seriam pessoas que não declaram o voto porque não se sentem à vontade para tal, mas têm simpatia pelos dois Estados.
Outra situação que os partidários do “Sim” acham possível é a abstenção na região nordeste do Pará, já que a votação acontece após o feriado de quinta-feira, 8, o que poderia ajudar a reduzir o percentual de votos contra a divisão do Estado. “Apesar dessa pesquisa do Datafolha mostrar que a maioria é contra, nas urnas pode ser diferente, ainda acreditamos na vitória do sim para o Carajás e para o Tapajós”, afirma. O deputado compara à pesquisa do Datafolha que, em 2010, aponta Salame, afirmou que a presidente Dilma Rousseff perderia para José Serra, mas as urnas mostraram o contrário.
POVO
No entanto, o líder da frente contra o Carajás, Zenaldo Coutinho, os números refletem o que o povo paraense vai votar. O deputado acredita que até a hora da votação outras pessoas se decidirão pelo “Não”. “Acredito que as urnas vão mostrar cerca de 70% de votos contra a divisão”, ressalta Coutinho.
Na região nordeste, que abriga 64% dos eleitores paraenses, Coutinho afirma que a maioria esmagadora é contra a divisão e que é isso que as pesquisas refletem. Mas, ele diz que também nas regiões oeste e sul, que pretendem se emancipar, também existem pessoas contra a divisão. “As sucessivas pesquisas e esta última estão dentro do que acompanhamos nas ruas, nas campanhas”.
Tanto o líder contra o Carajás quanto Celso Sabino, que lidera a frente contra o Tapajós, afirmam que a campanha na TV e rádio ajudou muito a expandir a força contra a divisão do Pará. “A campanha na mídia foi fundamental, desmistificou informações não verdadeiras sobre números”, ressalta Coutinho.
Os dois também acreditam que os debates nas TV’s RBA e Record ajudaram a consolidar o sentimento do paraense contra a divisão, sem contar nos “erros” que a campanha dos partidários do Sim cometeu, especialmente, aponta Zenaldo, com cenas de pessoas esbofeteando as outras.
Já Sabino aponta também para a campanha nas ruas, trabalho árduo de lideranças e dos voluntários. Ele afirma que, além da região nordeste, também houve campanha de esclarecimento contra a divisão no oeste, sul e sudeste.
O presidente da frente pró-Tapajós, Joaquim Lira Maia, diz que está “confiante e otimista” na vitória do sim. “Estamos apostando na abstenção em Belém”. Pelas contas do deputado, se a frente conseguir 25% dos votos dos eleitores do novo Pará, “a gente leva essa eleição”, confiante de que o Sim já conquistou 85% dos eleitores do oeste do Estado.
Sobre as pesquisas, ele diz que “a credibilidade (do instituto) junto ao povo do Pará não é tão boa”. A pesquisa foi encomendada em uma parceria entre Folha e Rede Globo.
Fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br
Os números favoráveis à união do Pará oscilaram para cima em relação à última pesquisa, concluída em 24 de novembro. Na ocasião, 62% dos paraenses eram contra a criação do Carajás, e 61% rejeitavam a criação do Tapajós. O Datafolha ouviu 1.213 eleitores em 53 municípios do Pará nos dias 6, 7 e 8 deste mês. O percentual de eleitores favoráveis aos dois novos Estados permaneceu no mesmo patamar, dentro da margem de erro: 31% são a favor do Carajás e 32% são a favor do Tapajós.
A diferença é que diminuiu a quantidade de eleitores indecisos, ao mesmo tempo em que cresceram as intenções de votos contra a divisão. No primeiro Datafolha sobre o plebiscito, realizado entre os dias 7 e 10 de novembro, 58% eram contra o Carajás e contra o Tapajós.
Houve um acréscimo na rejeição de oito pontos percentuais para o Carajás e sete pontos percentuais para o Tapajós. Os indecisos agora são 4%. O Datafolha ressalta que a pesquisa reflete a opinião dos eleitores nesta última semana de campanha e não pode ser analisada como uma previsão exata do resultado.
A rejeição aos novos Estados atingiu nível recorde na área do Pará remanescente. Na região, onde está a maior parte dos eleitores, 92% são contra o Carajás e 90% são contra o Tapajós. Entre os eleitores do Carajás, 80% querem virar um novo Estado. No Tapajós, esse percentual é de 79%.
REAÇÕES
As lideranças políticas contra a divisão festejaram os números da pesquisa. Mas, as lideranças favoráveis à criação de Carajás e Tapajós afirmam que os números desfavoráveis não desanimam e continuam firmes na expectativa de que o resultado das urnas será favorável à divisão.
O presidente da frente pró-criação do Estado do Carajás, João Salame, assegura que os números da pesquisa não mudam em nada. “Quem defende uma causa não pode se abater por causa de pesquisa”. Para os partidários da separação, há duas possibilidades que podem beneficiar a criação do Carajás e Tapajós. A primeira delas é o voto silencioso, que Salame afirma que acredita que haverá. Seriam pessoas que não declaram o voto porque não se sentem à vontade para tal, mas têm simpatia pelos dois Estados.
Outra situação que os partidários do “Sim” acham possível é a abstenção na região nordeste do Pará, já que a votação acontece após o feriado de quinta-feira, 8, o que poderia ajudar a reduzir o percentual de votos contra a divisão do Estado. “Apesar dessa pesquisa do Datafolha mostrar que a maioria é contra, nas urnas pode ser diferente, ainda acreditamos na vitória do sim para o Carajás e para o Tapajós”, afirma. O deputado compara à pesquisa do Datafolha que, em 2010, aponta Salame, afirmou que a presidente Dilma Rousseff perderia para José Serra, mas as urnas mostraram o contrário.
POVO
No entanto, o líder da frente contra o Carajás, Zenaldo Coutinho, os números refletem o que o povo paraense vai votar. O deputado acredita que até a hora da votação outras pessoas se decidirão pelo “Não”. “Acredito que as urnas vão mostrar cerca de 70% de votos contra a divisão”, ressalta Coutinho.
Na região nordeste, que abriga 64% dos eleitores paraenses, Coutinho afirma que a maioria esmagadora é contra a divisão e que é isso que as pesquisas refletem. Mas, ele diz que também nas regiões oeste e sul, que pretendem se emancipar, também existem pessoas contra a divisão. “As sucessivas pesquisas e esta última estão dentro do que acompanhamos nas ruas, nas campanhas”.
Tanto o líder contra o Carajás quanto Celso Sabino, que lidera a frente contra o Tapajós, afirmam que a campanha na TV e rádio ajudou muito a expandir a força contra a divisão do Pará. “A campanha na mídia foi fundamental, desmistificou informações não verdadeiras sobre números”, ressalta Coutinho.
Os dois também acreditam que os debates nas TV’s RBA e Record ajudaram a consolidar o sentimento do paraense contra a divisão, sem contar nos “erros” que a campanha dos partidários do Sim cometeu, especialmente, aponta Zenaldo, com cenas de pessoas esbofeteando as outras.
Já Sabino aponta também para a campanha nas ruas, trabalho árduo de lideranças e dos voluntários. Ele afirma que, além da região nordeste, também houve campanha de esclarecimento contra a divisão no oeste, sul e sudeste.
O presidente da frente pró-Tapajós, Joaquim Lira Maia, diz que está “confiante e otimista” na vitória do sim. “Estamos apostando na abstenção em Belém”. Pelas contas do deputado, se a frente conseguir 25% dos votos dos eleitores do novo Pará, “a gente leva essa eleição”, confiante de que o Sim já conquistou 85% dos eleitores do oeste do Estado.
Sobre as pesquisas, ele diz que “a credibilidade (do instituto) junto ao povo do Pará não é tão boa”. A pesquisa foi encomendada em uma parceria entre Folha e Rede Globo.
Fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br
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