Investigações realizadas pela Polícia Civil resultaram na prisão de Cléuton dos Santos Melo, 30 anos, neste domingo (16), na travessa Mautiti, no bairro do Marco em Belém. Agindo com características de "maníaco sexual", Cléuton é acusado de estuprar pelo menos quatro mulheres na capital paraense. Os crimes foram registrados entre os meses de agosto do ano passado e janeiro deste ano. O acusado foi apresentado pela Polícia Civil na manhã de hoje (17), em uma coletiva de imprensa.
Durante a prisão de Cléuton, foram apreendidos também dezenas de objetos roubados das vítimas, como roupas e equipamentos eletrônicos. Uma máscara do personagem assassino do filme “Pânico” também foi achada no local. Cléuton está com ordem de prisão decretada pela Justiça.
Nos quatro casos registrados na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), fatos em comum chamaram a atenção da equipe de investigação. As mulheres foram abordadas pelo criminoso em via pública, em bairros centrais da capital e depois, levadas para um bairro distante do centro. Em todos os casos, as vítimas estavam em veículos de alto valor e foram obrigadas a dirigir o próprio carro até o local onde o crime foi cometido.
Para abordar as vítimas, o criminoso usava apenas a força física e fazia ameaças. Depois de serem violentadas, elas eram forçadas pelo bandido a conduzir o veículo para outra área da cidade, onde o acusado as abandonava. Cléuton ficava apenas com algum objeto da vítima.
Dos quatro casos investigados, em dois as vítimas foram abordadas no bairro do Reduto, a outra no bairro da Campina e a quarta vítima em Batista Campos. Duas delas foram levadas pelo estuprador até a estrada de Santana do Aurá, em Ananindeua, sendo violentadas dentro dos carros. Outra foi obrigada a acompanhar o criminoso até um motel na rodovia BR-316. A última vítima foi levada para outro motel, na rua dos Mundurucus, bairro do Guamá. Após serem violentadas, duas das quatro vítimas foram deixadas pelo estuprador na rua Pio X, no bairro do Marco, e outras duas na rua da Olaria, na Terra Firme.
Ao todo, 23 pessoas foram investigadas por suspeitas de envolvimento nos crimes. Com o aprofundamento das investigações, as vítimas reconheceram o acusado por meio de foto. As investigações concluíram também que o acusado é morador do bairro do Marco, próximo ao local onde duas vítimas foram abandonadas.
Entre os objetos roubados das vítimas, encontrados pelos policiais, estavam jóias de ouro, relógios de alto valor, telefones celulares, roupas e um computador portátil. Tudo foi escondido pelo criminoso na casa. Para os policiais civis, o fato caracteriza que o acusado apenas visava violentar sexualmente as vítimas e que os objetos roubados eram uma espécie de recordação de cada mulher estuprada.
Cléuton nasceu em Cametá e mora com a companheira em uma casa aos fundos de um bar, de propriedade do sogro. Ele não tem trabalho fixo e permanecerá recolhido à disposição da Justiça.
Denominada "Salto Scarpin”, a operação policial que resultou na prisão de Cléuton contou com o apoio de servidores da Diretoria de Identificação “Enéas Martins” (DIDEM) e do Centro Estratégico Integrado (CEI), do Sistema de Segurança Pública, e no repasse de informações que ajudaram na identificação e reconhecimento oficial do preso. O trabalho contou ainda com a parceria do GPE (Grupo de Pronto-Emprego); do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves; do Sistema Penitenciário do Pará; do Ministério Público do Estado e do Poder Judiciário.
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