Militares que participaram da reunião com os Comandantes da PMAC e CBMAC relataram que o Coronel Anastácio fez questão deixar claro que o Governo ira usar a Procuradoria Geral do Estado, Ministério Publico Estadual e o Poder Judiciário contra os militares. Anastácio fez questão de enfatizar que no dia 4 de maio de 2009 o governo do estado não estava preparado para o movimento dos militares e que agora as coisas seriam diferentes: "Naquele 4 de maio as coisas estavam desorganizadas, vocês e o governo não estavam preparados para o dia. Não havia planejamento e ninguem esperava que vocês fossem ficar acampados na frente da casa rosada. Dessa vez o estado já está preparado, com o Tribunal de Justiça, a Procuradoria Geral do Estado e o Ministário Público Estadual". O oficial deixou claro que o executivo é quem manda nos demais nas instituições e poderes públicos do Acre: "O governo do estado ainda é muito forte", finalizou o militar.
O esquema do governo para esse 4 de maio
No 4 de maio de 2009 ficou clara a parcialidade do Ministério Público Estadual. Logo em seguida ao protesto dos militares, em uma entrevista a um canal de tv, um procurador e um promotor afirmaram que os militares envolvidos iriam pegar 30 anos de cadeia e ainda iriam perder a “farda” por terem realizado uma manifestação. De igual forma foi estranha a velocidade com que a juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública expediu uma liminar mandando acabar com o movimento dos milicianos, a ordem chegou com as primeiras horas da manhã do dia 5 de maio.
Hoje, militares que prestam serviço no Forum Barão do Rio Branco já ouviram pelos corredores do judiciário que outra liminar já estaria pronta, mais ainda, que a ordem judicial irá partir da mesma juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública.
Relembrando o 4 de Maio de 2009
A enrolação
Depois de pouco mais de um ano de enrolaçãos, com as negociações salariais sendo empurradas com a “barriga” pelo governo Binho Marques e sua equipe, os militares decidiram fazer um ato público em protesto com o descaso do governo para com os militares estaduais, a data escolhida foi o dia 4 de maio. O planejamento inicial previa um grande encontro na concha acústica e uma passeata até a sede do Comando Geral da Polícia Militar.
O acampamento na frente da casa rosada
Depois de iniciada a caminhada, de forma ordeira e pacífica, no momento em que o carro de som parou em frente á “casa Rosada”, o Vereador Sargento Vieira informou que os militares mereciam respeito e que só iriam sair da via pública quando fossem recebidos pelo governador, sendo apoiado por todos os militares que participavam da caminhada.
O Desespero do Comandante da PM
Vendo que havia perdido totalmente o controle dos seus comandados o então comandante geral da PM resolveu ir pessoalmente abrir o trânsito da Avenida Brasil para que os carros passassem por cima dos militares e seus familiares, poucos motoristas se aventuraram na empreitada e a via continuou interditada até o final da manifestação.
A perseguição petista ao Major Rocha
No dia 13 de junho de 2009, depois de muitas ameaças, o coronel Romário Célio manda prender o Major Rocha. Além da prisão o comandante mandou publicar a portaria 013/2009, que deu tratamento idêntico aos presos do RDD ao Major Rocha.
O pacto secreto entre o presidente da AME e o Governo petista
Depois de todo o movimento, depois que a grande maioria da sociedade acreana apoiou a luta dos militares, estranhamente a o presidente da AME passou a defender um reajuste insignificante para policiais e bombeiros. Com muito esforço Natalício Braga convenceu os militares a aceitar 121 reais para os soldados, 60 reais para subtenentes e mais de 40% para os coronéis.
As caçambas alugadas para o governo
Logo depois de defender um “reajuste” vergonhoso para os militares surgem denuncias que o presidente da AME teria adquirido duas caçambas que foram alugadas pelo governo. Logo depois vieram às denuncias que esses mesmos veículos eram abastecidos pela AME.
Surgem mais denuncias contra o presidente da AME
O Vereador Sargento Vieira denunciou em um canal de televisão que o presidente da AME havia embolsado uma gorda verba de sua assessoria, além pedido um empréstimo de mais 30 mil reais que foram depositados na conta pessoal do pai do presidente da AME.
A última cartada
Depois de todo o ocorrido, depois de ter sido denunciado por diversas irregularidades, o presidente da AME lança um candidato a deputado estadual pela Frente Popular, o Sargento Ribeiro (então vice-presidente da AME), e apóiar abertamente o então candidato a deputado federal pelo PT Taumaturgo Lima. Com sua chapa fechada integralmente com a Frente Popular, o presidente da AME, utilizando o carro da própria entidade, passou a andar pelos quartéis da capital e do interior para pedir votos para seus candidatos e para tentar denegrir a imagem do Major Rocha e do Sargento Vieira. Ocorre que os militares conhecem bem todas as peças desse quebra-cabeça e escolheram o Major Rocha para representá-los.
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