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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Deputado Vaccarezza apoia volta de Delúbio Soares ao PT

Delúbio Soares em imagem de arquivo - Foto de Givaldo Barbosa















BRASÍLIA - O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse nesta quinta-feira que votará a favor da refiliação do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, expulso da legenda na época do escândalo do mensalão. Segundo Vaccarezza, Delúbio foi expulso porque assumiu que comandou o processo de caixa 2 no PT e aguarda julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).


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O líder disse que a volta de Delúbio não é pauta da reunião do Diretório Nacional que será realizada nesta sexta-feira e no sábado. O ex-tesoureiro, no entanto, já entrou com o pedido de refiliação. No pedido encaminhado ao partido, Delúbio lembra que nunca se filiou a outra legenda além do PT. Ele apela na carta para que seu pedido seja aceito.


- Delúbio pede a comutação da pena, quer a refiliação ao PT. Se for discutido, não tenho dúvida de que ele vai vencer (conseguir a refiliação). É da tradição do PT ser contra qualquer pena perpétua. Se ele apresentar o pedido ao partido, meu voto é favorável à comutação da pena. A hora de pedir, cabe a ele. Do ponto de vista do debate na sociedade, ele já pagou um preço alto por seus erros, ou crime, como querem alguns. Mas tenho a convicção de que não houve, no esquema, dinheiro público e nem mensalão - disse Vaccarezza."Eu sou PT de formação e de coração, portanto quero voltar a militar no partido", escreve Delúbio, que lembra também no texto que, em abril de 2009, encaminhou um pedido de refiliação, mas acabou retirando.


A cúpula do PT começou a discutir o delicado processo de sucessão do presidente José Eduardo Dutra e a refiliação do ex-secretário de Finanças, Delúbio Soares, expulso no auge do escândalo do mensalão, em reunião da Executiva nacional que começou na manhã desta quinta-feira. Em reunião no final da tarde de quarta-feira no Palácio da Alvorada, Dutra comunicou à presidente Dilma Rousseff que estava deixando o comando do PT.


Dilma procurou saber detalhes do quadro de saúde de Dutra


Na semana passada, Dilma se reuniu com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) para saber detalhes do quadro de saúde de Dutra. Disse que queria visitá-lo no Rio esta semana, mas o presidente petista chegou mais cedo a Brasília, e o encontro acabou antecipado.


Dilma defendia a permanência do amigo no cargo, com uma licença médica mais prolongada, mas ele alegou que não queria que a agenda do partido ficasse em suspenso em função de seu tratamento médico, que pode se estender para mais de 180 dias. No encontro com Humberto Costa, Dilma mandou dizer a Dutra que ficasse tranquilo porque não estava sozinho e que ela precisava dele onde estivesse.

À tarde, os integrantes da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil se reúne para discutir os dois assuntos, principalmente a oportunidade de já incluir na pauta a refiliação de Delúbio, junto com a sucessão de Dutra. Delúbio foi convidado e deve participar desta parte da reunião , que acontecerá na sede nacional do PT em Brasília.


Enquanto o Planalto, Dutra e setores da CNB trabalham para que Humberto Costa ocupe a vaga de Dutra, o grupo do ex-ministro José Dirceu defende um mandato tampão para o vice-presidente Rui Falcão, que está exercendo a presidência do partido interinamente na ausência de Dutra. Mesmo com a renúncia prevista para amanhã, Dirceu defende mais tempo para a escolha de seu sucessor.


- Não se esqueça que tem o Congresso Extraordinário do PT em setembro. O Rui pode continuar na presidência até lá - disse Dirceu.

Rui Falcão ficou desgastado com Dilma desde a campanha, quando se envolveu no escândalo dos arapongas que vazaram informações sobre o sigilo fiscal de José Serra. Na época houve denúncias de que, por causa de disputas internas de poder na campanha, Falcão estaria por trás do vazamento que acabou isolando o hoje ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, amigo pessoal de Dilma.



Fonte:
http://oglobo.globo.com

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