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terça-feira, 12 de abril de 2011

Projeto proíbe venda de armas de fogo no Brasil

Proposta foi apresentada pelo senador Cristovam Buarque. Sarney quer convocar plebiscito em outubro para que população decida sobre comércio de armas Mário Coelho O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apresentou um projeto para proibir a venda de armas de fogo no Brasil. A proposta altera e endurece o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) ao permitir o uso somente para policiais, Forças Armadas e outras categorias dentro das áreas de segurança pública e defesa nacional. A apresentação da proposta ocorreu por conta do ataque a uma escola no Rio de Janeiro, na semana passada, que resultou na morte de 12 crianças.

Caso seja aprovado, o projeto vai dar validade ao artigo 35 do Estatuto do Desarmamento. Ele prevê a proibição da comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, exceto a integrantes de forças policiais e armadas. No entanto, com a realização do referendo popular em outubro de 2005, a medida não entrou em prática, já que a maior parte dos eleitores votou pela manutenção da venda. Se o resultado fosse outro, apenas praticantes de tiro ao alvo teriam autorização para usar armas como civis.

Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, 39.325 brasileiros tiveram mortes causadas por armas de fogo em 2003. "Esses 35 mil mortos por ano e as 12 vitimas infantis, até agora, no Realengo, exigem uma medida dura, para evitar o comércio de armas de fogo e munições. Com a criminalização desse comércio, pode estancar uma das principais fontes de armas transferidas às pessoas", afirmou Cristovam na justificativa do projeto.

"Por essa razão, essa lei visa à proibição da venda de armas no Brasil a particulares. Além do gesto de pacificação nacional que ela representa, esta lei é um gesto que podemos fazer para homenagear nossas crianças vítimas do bárbaro crime dessa semana. Por isso podemos chamá-la de Lei Realengo", disse o senador. Para ele, a redução das fontes de compra e venda legais de armas vai facilitar a fiscalização por parte das Forças Armadas e da Polícia Federal.

Plebiscito

Também motivados pelo massacre de Realengo, onde ficava a escola alvo do ataque, líderes partidários concordaram, na manhã desta terça-feira (12) com o projeto de decreto legislativo encabeçado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), destinado a realizar um plebiscito nacional a fim de que a população responda à seguinte pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?".

De acordo com Sarney, a resposta a esse plebiscito permitirá ou não ao Legislativo modificar o Estatuto do Desarmamento para proibir esse comércio. Para começar a tramitar, o projeto depende de 27 assinaturas, que estão sendo recolhidas. Se for aprovado pelo Senado, o texto ainda será submetido à apreciação da Câmara dos Deputados. Fonte:http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia

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