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domingo, 14 de março de 2010

Tráfico e pedofilia mancham o Marajó


Dilson Pimentel

Da Redação

Em janeiro de 2009, o bispo da Ilha do Marajó, dom José Luis Azcona, denunciou a existência de pedofilia e de exploração sexual de crianças e adolescentes naquele arquipélago. Um anos depois, mesmo com a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, na Assembléia Legislativa, que investigou 148 casos e visitou 47 municípios paraenses, a situação não mudou, garante o religioso. Mais: dom Azcona diz que cidades como Portel e Breves, no Marajó, e Belém continuam servindo de rotas para o tráfico internacional de seres humanos e de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Dom José Luis Azcona diz ter informações de que continua em vigor uma prática já denunciada, inclusive, em nível nacional. Meninas, entre 12 e 16 anos, que fazem sexo nas balsas que cortam o rio Tajapuru, às margens dos municípios de Breves e Melgaço. Em troca, recebem alguns poucos quilos de carne e litros de óleo diesel. Elas são conhecidas como 'balseiras'. De acordo com dom José Luís Ascona, pelo rio Tajapuru passam 75% de mercadorias e do transporte de passageiros na rota entre Belém e outras cidades da Amazônia. 'Isso é uma abominação', afirma.
O bispo do Marajó também reiterou outra denúncia. Mulheres homossexuais que promovem o aliciamento de adolescentes e mulheres adultas. Oriundas de Portel, elas chegavam em Breves, passavam por Anajás e seguiam por Afuá. Aqui, perdiam-se as pistas sobre seu paradeiro. Mas tudo indica que seguiam para a Guiana Francesa, caracterizando o tráfico humano para a prostituição.
Fonte: Oliberal

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