Nathália Duarte Do G1, em São Paulo
Após a assembleia que se estendeu durante toda a manhã desta quinta-feira (24), policiais civis do Maranhão, paralisados desde terça-feira (22), decidiram manter a greve, segundo o sindicato que representa a categoria. A paralisação ocorre ainda por tempo indeterminado, mas 30% do efetivo permanece operando, como obriga a legislação.
Na noite de quarta-feira (23), representantes da Polícia Civil se reuniram com representantes do governo para a entrega de uma nova proposta à categoria. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o governo propôs aumento de 5%, a ser incorporado nos vencimentos como horas extras em abril, e mais 5% a ser acrescentado a partir do mês de julho. Esse total de 10% de aumento deverá ser incorporado, segundo o governo, a partir de janeiro de 2012 no subsídio da categoria.
"Consideramos a proposta do governo insatisfatória. Qualquer percentual de reajuste negociado deve contemplar a todos, inclusive aposentados e pensionistas, e deve ser incorporado no subsídio, e não apenas nas horas extras", diz ao G1 Eleudo Moreira, presidente da Associação dos Policiais Civis e vice-presidente do Sindicado dos Policiais Civis.
A nova pauta de reivindicações definida pelos policiais civis nesta quinta deve ser entregue, ainda hoje, a representantes da Secretaria de Segurança Pública. Não há previsão, no entanto, de uma nova rodada de negociações com o governo.
Paralisação
Com a paralisação, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, apenas atendimentos de casos graves estão sendo realizados nas delegacias. Para registros de ocorrências de perda, extravio ou furtos, a SSP disponibiliza o serviço da Delegacia Online.
Apesar da priorização de alguns casos, a SSP afirma que, mesmo com a manutenção da greve, todas as delegacias estão funcionando com o efetivo necessário para o atendimento à população.
Dos cerca de 1.600 policiais civis do estado, apenas 30% estão trabalhando, o que equivale a menos de 500 policiais.
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