Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de março de 2011

PM nega abuso na prisão de estudante

O promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, tomou conhecimento do caso da estudante de direito Débora Ribeiro Mata Silva, que pretende processar o Estado por abusos cometidos por policiais militares da Rotam, publicado ontem no DIÁRIO. Segundo ele, hoje será oficializado um inquérito junto à corregedoria policial para investigar o caso, com base nas informações relatadas pela estudante, além de requisitar ao Conselho de Disciplina que vai avaliar se os policiais da Rotam, que estavam na operação, permanecem ou não na tropa.

Em relação às informações repassadas pela estudante, a assessoria de comunicação da Polícia Militar contestou em nota as denúncias de abuso de poder e esclarece diversos pontos da fala de Débora.

Com base em informações repassadas pelo tenente PM Casseb, oficial do Batalhão de Operações Táticas/Rotam, responsável pela operação que culminou na prisão de oito pessoas, no dia 18 de março, na Seccional de São Brás, a Ascom da PM diz que são improcedentes as acusações que Débora afirma sobre os casos de humilhação, tortura, porte de drogas e invasão de domicilio.

Segundo a nota, os policiais da Rotam procederam “dentro do que a lei permite para a atuação policial em casos de alto risco”. Diz ainda que só houve “o uso progressivo da força, com verbalização e posterior emprego de força física necessária para garantir a detenção dos envolvidos”, descaracterizando assim o uso de sacos plásticos na cabeça de Débora para que a jovem pudesse falar sobre o roubo do carro VW/Crossfox, que a polícia estava em busca.

Quanto à denúncia do crime de roubo a veículos, os atos, segundo a nota, não levaram a constrangimento, excesso ou abuso de autoridade por parte dos policiais.
Sobre a entrada no local onde ocorria um aniversário, a assessoria explica que “os policiais entraram na residência onde se encontrava a mãe de Débora, após a autorização da esposa de Rhuan, primo da estudante e um dos acusados do roubo do veículo, para fins de verificação da presença de outros envolvidos na acusação de roubo a veículo. O objetivo dos PMs, segundo a nota da PM, não foi de causar transtorno e não houve “apreensão ou retirada de quaisquer objetos ou materiais do local”.

A nota esclarece ainda que a mãe de Débora Ribeiro foi levada à Seccional de São Brás, “a fim de que fornecesse informações sobre o fato de haver seu conhecimento e/ou permissão para a guarda, na garagem de seu apartamento, de um veículo roubado, utilizado, todavia, por pessoas de sua família, inclusive de sua filha”.

REAFIRMAÇÃO

Por telefone, na noite de ontem, Renata, cunhada de Débora, confirmou que todo procedimento para processar o Estado pelo abuso dos policiais já está sendo feito. A família vai aguardar que a Justiça se posicione sobre o caso e faça jus a tudo o que ocorreu com a estudante, que acumula provas contra o excesso de abuso dos policiais da Rotam


Fonte:http://www.diarioonline.com.br/noticia

Nenhum comentário:

Postar um comentário