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segunda-feira, 21 de março de 2011

Governo anuncia corte adicional de R$ 577 milhões no orçamento de 2011

Com isso, bloqueio total de recursos avança para R$ 50,66 bi, diz governo.
Previsão de crescimento do PIB foi mantida em 5% para 2011, informou.

O Ministério do Planejamento anunciou nesta segunda-feira (21), por meio da relatório de receitas e despesas do segundo bimestre deste ano, que foi autorizado um corte adicional de R$ 577 milhões no orçamento de 2011.

Em fevereiro, o governo já havia anunciado um bloqueio recorde de R$ 50 bilhões na peça orçamentária. Com o novo corte, o valor total do contingenciamento de recursos sobe para R$ 50,66 bilhões, informou o governo.

Ao cortar gastos, a equipe econômica busca cumprir a meta cheia de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda) de R$ 117,9 bilhões em 2011 (2,9% do PIB). Com isso, também visa ajudar na contenção da demanda e facilitar o trabalho do BC no controle da inflação - buscando evitar uma subida mais intensa da taxa básica de juros, atualmente em 11,75% ao ano.

O bloqueio extra de recursos, segundo o Ministério do Planejamento, se deve à revisão, para baixo, da receita esperada para este ano em R$ 1,2 bilhão na receita primária total, sendo R$ 527 milhões a menos na receita líquida esperada para a contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social, a Previdência Social. Também caiu em R$ 678 milhões a estimativa de repasse de recursos aos estados e municípios.

PIB, inflação e juros
O relatório de receitas e despesas do orçamento de 2011, relativo ao primeiro bimestre, revela ainda que o governo manteve em 5% a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, o equivalente a R$ 4,05 trilhões. A estimativa é feita pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

O valor está bem acima do que prevê o mercado financeiro. Nesta segunda-feira (21), o relatório de mercado do BC, fruto de pesquisa com os economistas dos bancos realizada na semana passada, informou que a estimativa do mercado financeiro é de um crescimento do PIB de 4,03% para este ano.

Sobre a inflação, medida pelo Índide Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como referência no sistema de metas de inflação, a estimativa do governo, para este ano, permaneceu inalterada em 5%. A previsão é inferior à estimativa do mercado financeiro, que é de um crescimento de 5,88% para o IPCA de 2011.

Para a taxa de juros média deste ano, a expectativa que consta no orçamento avançou de 10,71% ao ano, em fevereiro, para 11,58% ao ano no relatório divulgado nesta segunda-feira (21). A previsão para o preço do barril do petróleo, com as tensões em países produtores na África e Oriente Médio, também subiu, passando de US$ 88,49 em fevereiro para US$ 98,34 em março.

Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia

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