Essa foi a 2ª reunião, este ano, do Comitê de Gestão do Governo do Estado. O evento foi realizado no Centro Integrado de Governo (CIG) e contou com a presença do secretário de segurança pública, Luis Fernandes, do delegado geral da Polícia Civil do Pará, Nilton Ataíde, e demais autoridades que compõem o sistema de segurança pública do estado.
O governador destacou o avanço, no entanto, reconheceu que o trabalho precisa ser intensificado. “Em Marituba e Ananindeua, por exemplo, ainda há elevados índices de criminalidade”, frisou. Segundo levantamento do governo, Ananindeua registrou uma média de pouco mais de 8 homicídios para cada 100 mil habitantes, enquanto a média de Marituba foi um pouco acima de 5 assassinatos para cada 100 mil.
“Houve uma redução no índice de criminalidade, mas ainda não é pra sair festejando e comemorando”, alertou. “Ainda há muita água para passar debaixo dessa ponte”. Com base nesses números, o governador comentou sobre a importância da exposição de números, mas, principalmente, da necessidade de se impor metas.
“Precisamos compreender o desafio para vencer a guerra contra a violência. Não é uma questão de acabar com a violência, mas garantir níveis de vida mais humanos”. O governador destacou o fato de o governo ainda estar em processo de ajustamento das finanças para poder efetuar mais investimentos.
Estado vai contratar mais 1,4 mil policiais
De acordo com Simão Jatene, os bons números divulgados agora, relativos aos dois primeiros meses do atual governo em comparação com o anterior, são fruto basicamente da melhoria na gestão da segurança pública, já que os investimentos, neste e nos demais setores, foram mínimos até agora, dada a penúria financeira em que se encontra o Estado. “Mas nós vamos restaurar o equilíbrio das contas públicas e readquirir condições de investimentos”, aduziu.
O governador anunciou, a propósito, a realização de concurso público para contratação de 1.400 novos policiais, sendo 1.000 para a PM e 400 para a Polícia Civil. Outro ponto importante, conforme frisou, é a adoção de providências para acabar com o problema da superpopulação nas penitenciárias do Estado.
“Eu não digo acabar, mas até o final deste ano é certo que vamos diminuir drasticamente o problema”, disse Jatene, acrescentando que a Segup já está também autorizada a recuperar a frota e fazer levantamentos de preços para aquisição de novas viaturas policiais.
Na oportunidade, uma empresa apresentou propostas de utilização de novas tecnologias de informação e monitoramento de detentos. De acordo com os profissionais da referida empresa, o dispositivo proporcionará uma geração de dados mais pontual no que tange aos registros de ocorrências e permitirá otimizar o planejamento operacional do efetivo policial.
O governador, por sua vez, ressaltou a necessidade de se planejar para executar um bom trabalho. “Quanto maiores as dificuldades, é preciso planejar ainda mais”, comentou. Contudo, a autoridade ponderou que é necessário haver uma discussão mais aprofundada sobre o assunto.
SUPERLOTAÇÃO
Num trecho da entrevista coletiva, o governador chegou a brincar com o secretário Luis Fernandes sobre o desafio de acabar com a superlotação. “Ele (secretário) acredita que até o fim do ano isso será possível. Eu prefiro pensar que é possível, com certeza, amenizar esse problema até o final de 2011”, avaliou.
Ao ser indagado pelo DIÁRIO sobre a cautela, o governador justificou o posicionamento. “Porque nos últimos quatro anos não foram abertas vagas prisionais. Portanto, ficou um passivo muito grande para o nosso governo”.
Para alcançar o objetivo de reduzir a superlotação carcerária, o secretário Luis Fernandes informou que se pretende construir até o final do ano cinco cadeias públicas.
“Já enviamos um pedido ao Governo Federal para transformar um presídio que seria construído aqui, voltado a jovens e adultos, para três cadeias públicas. Além disso, planejamos construir duas cadeias na Região Metropolitana”, finalizou
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