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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PMs em greve na Bahia rejeitam proposta de reajuste do governo

Líder grevista diz que oferta de aumento de 6,5% é antiga.



Policiais ocupam a Assembleia, e forças do governo cercam o prédio.

Militares em greve, acampados na Assembleia Legislativa, prestam continência ao Pavilhão Nacional. (Foto: LÚCIO TÁVORA/AGÊNCIA A TARDE/AE)

O líder do policiais militares em greve na Bahia, Marcos Prisco, disse nesta segunda-feira (6) que a categoria rejeitou a proposta do governo de reajuste de 6,5% retroativo a 1º de janeiro, feita no domingo (5).

Prisco disse que a oferta do governo baiano para colocar fim à greve dos PMs não é nova. "Essa proposta é linear e vale para todos os servidores públicos. Ela já foi feita e recusada há duas semanas", afirmou.

O clima provocado pelo cerco das forças do governo ao prédio da Assembleia Legislativa de Salvador, onde os PMs estão acampados, preocupa o líder grevista. Prisco teme um confronto. "Se o Exército invadir o prédio pode acontecer uma catástrofe. Não posso controlar a reação da categoria. Pode ser uma tropa armada contra outra tropa armada", afirmou.

Segundo o líder grevista, cerca de 4 mil pessoas, entre policiais e seus familiares, incluindo cerca de 300 crianças, ocupam o prédio da Assembleia. "A força não vai evitar o fim da greve ou o movimento".

Segundo o secretário de comunicação do governo da Bahia, Robson Almeida, a proposta não oferece anistia aos policiais que tiveram prisão preventiva decretada. O governo informou também que está aberto a negociações com os PMs, desde que eles suspendam a greve.

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, pediu no fim da tarde de domingo providências para a desocupação da Assembleia Legislativa o mais rápido possível. "Os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade. A Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça", disse Nilo.

Durante a tarde, a tensão no acampamento aumentou com a notícia da chegada de 40 homens do Comando de Operações Táticas, a “tropa de elite”, da Polícia Federal (PF), que desembarcaram na Base Aérea de Salvador. Eles chegaram à capital baiana para cumprir 11 mandados de prisão contra PMs grevistas, entre eles, o líder do movimento, Marcos Prisco.
QG dos grevistas dentro da Assembleia Legislativa. (Foto: Egi Santana/G1)

Pouco antes das 17h30, dois helicópteros realizaram voo baixo sobre a Assembleia Legislativa. Com a chegada dos helicópteros, os líderes do movimento pediram, através de carro de som, que os policiais se concentrassem na rampa principal do prédio.

Dois tanques do Exército chegaram ao antigo quartel, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), pouco antes das 18h.

Casos de homicídios

Das 21h de terça (31) até as 1h45 desta segunda, foram registrados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) 89 homicídios.

O Comando da 6ª Região Militar, que representa o Exército Brasileiro na Bahia, disponibilizou um número telefônico para receber denúncias e outras informações por parte da população. O contato é (71) 3320-1972.

Dirigente da associação de PMs é preso

Um soldado da PM e dirigente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra) foi preso na madrugada de domingo, segundo o governo do estado, e encaminhado a sede da Polícia do Exército, na Avenida Paralela.

O PM é lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA). Segundo o governo, ele é suspeito de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público, referente à retenção das viaturas.

A prisão dele é a primeira cumprida dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça da Bahia contra integrantes do movimento grevista.

Fonte: http://g1.globo.com

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