Um grupo de oficiais da Polícia Militar acaba de se reunir no Clube dos Oficiais, na avenida Dante Michelini, em Camburi. São oficiais que se intitulam “independentes” e que estão prontos para realizar uma paralisação para exigir melhorias salariais. Entretanto, corrigindo informação postada neste Blog anteriormente, eles não queriam a paralisação imediata da tropa; os oficiais se reuniram para mobilizar e traçar ações futuras caso o governo não atenda as reivindicações da categoria, que marcou uma assembleia geral e unificada para o dia 15 de fevereiro, às 17 horas, no Campo do Caxias, na avenida Maruípe.
“Não podemos mais esperar. Estamos diariamente com a tropa e sentimos a cada dia a desmotivação dos praças. Se depender do que decidirmos aqui, poderemos paralisar as atividades depois da assembleia geral unificada dos militares estaduais marcada para o dia 15 de fevereiro”, disse um capitão que participa da reunião.
Mais cedo, dirigentes da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo se reuniram, pelo segundo dia consecutivo, com o secretário de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Heráclito Amâncio Pereira Júnior, e técnicos da Seger. Nesta reunião, o governo apresentou alguns números para início de discussões.
No ano passado, atendendo pedido das entidades de classe, o deputado estadual Josias Da Vitória apresentou a indicação parlamentar 596/2011, que prevê mudanças na tabela de subsídios dos militares estaduais, a promoção automática de soldado a cabo após 15 anos de atividade e um novo Quadro Organizacional no Corpo de Bombeiros.
Na manhã desta quarta-feira (01/02), o presidente da Associação dos Oficiais da PM e do Corpo de Bombeiros, coronel Paulo José Serpa, e seu vice-presidente, coronel Marco Aurélio Capita, se reuniram com o secretário Heráclito Amâncio Pereira Júnior.
Na reunião, o secretário apresentou os seguintes temas (e não propostas que o Blog informou anteriormente de maneira equivocada) colocados à mesa pelo governo como forma de discussão: gratificação por chefia (cargos que são ocupados somente por oficiais), bônus para policiais que contribuírem para a redução da criminalidade e promoção automática de soldado para cabo com 15 anos de serviço
Foi decidido que no dia 15 deste mês haverá uma assembleia geral de todos os policiais e bombeiros militares, quando os temas apresentado pelo governo serão colocados em votação. Se até lá o governo não apresentar propostas concretas, os militares podem decidir pelo aquartelamento.
Segundo um capitão que participou da reunião na sede da Assomes, em Camburi, mais de 200 oficiais – entre tenentes, capitães, major e coronéis – estavam presentes:
“Não discutimos nenhuma ação de paralisação imediata. Discutimos forma de uma mobilização geral e a estratégia de ações para depois do dia 15 de fevereiro. Deixamos claro que todos vão obedecer o que a assembleia unificada dos militares decidir”, disse um capitão.
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